Olá, leitores do TAB. Parece que nos encontramos mais uma vez depois de um feriado prolongado. Estão todos com as energias recarregadas? É bom que estejam, porque essa semana estou aqui na sua Caixa de Entrada cheia de novas histórias, saídas diretamente das ruas brasileiras. Na véspera da paralisação, conversamos com caminhoneiros sobre os desafios da categoria frente ao preço do diesel e a precarização do trabalho; batemos um papo sério com o Wagner Moura sobre o lançamento do filme "Marighella" no país depois de dois anos circulando entre festivais internacionais; cobrimos a presença do presidente Jair Bolsonaro em evento de pastores evangélicos em Manaus (AM) e muito mais. Entre a política e a extinção
Desde a primeira paralisação em 2018 que parou o Brasil, a vida dos caminhoneiros não ficou mais fácil. Com o aumento do diesel e uma espécie de revolução industrial dentro do setor, os autônomos estão cada vez mais endividados com custos da estradada, de manutenção dos veículos e com pouco dinheiro parado no bolso. Na véspera da greve de caminhoneiros marcada para o dia 1º de novembro, o repórter Felipe Pereira conversou com trabalhadores e representantes da categoria sobre os desafios, rumos políticos e o destino nebuloso da profissão que ainda não sabe qual intersecção deve seguir para continuar existindo. O artesão da saudade Próximo ao cemitério Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo (SP), Sibele Oliveira acompanhou o trabalho de Ronaldo dos Santos, escultor e lapidador responsável de eternizar o nome dos mortos em pedras. Os pedidos mais comuns, além do nome e data de óbito, costumam ser a insígnia do time de futebol favorito do morto. E por trás de todas as placas que passam por sua oficina há uma história. "Quase todas as lápides que faço, sei o que aconteceu com o falecido," contou Robaldo dos Santos, 51, que pratica o ofício desde os 14 anos de idade. Mil faces de um homem leal
Após três anos de cancelamentos, ameaças e reveses, a cinebiografia de Carlos Marighella finalmente será exibida no Brasil. O repórter Tiago Dias conversou com o diretor Wagner Moura, que estava de passagem pelo país para o lançamento do longa. Moura conta sobre os desafios políticos enfrentados por causa do filme sobre o revolucionário marxista, morto em 1969 pela ditadura militar. Segundo o diretor, o lançamento marca um capítulo final de uma missão de vida.
Política e fé em Manaus
Na luta para manter o apoio (e voto) dos evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro compareceu na 1ª Consagração Pública de Pastores na capital do Estado do Amazonas, uma das cidades mais devastadas pela pandemia pele a má gestão de recursos da saúde pública contra o contágio na cidade. No evento, a repórter Rosilene Carvalho conversou com pastores e fiéis sobre a presença de Bolsonaro no evento, que contou com a participação de 1.100 pastores. Ainda que grande parte dos presentes apoiem a gestão do presidente, pairou no ar um pequeno desconforto da presença da política institucional em um local de fé. Vida sob quatro rodas À luz de velas, Maria Fátima da Silva se debruça sobre sua única máquina de costura manual para ajustar roupas trazidas pela sua clientela assídua em Brasília (DF). Há 30 anos, ela trabalha dentro de sua Kombi azul, estacionada no mesmo local na Asa Sul desde que começou a trabalhar na capital federal. Muito religiosa, a costureira passa os dias costurando enquanto ouve louvores e pregações pelo seu celular e, quando não dorme na Kombi, depende da carona de amigos e vizinhos para se deslocar na sua cidade no interior de Goiás até o seu local de trabalho. A repórter Isabella Cavalcante passou uma tarde com a costureira.
Precedentes Sem parar de trabalhar presencialmente desde o começo da pandemia em março de 2020, o ex-corregedor e delegado Nestor Sampaio Penteado Filho foi infectado pela covid-19 no ambiente de trabalho. A doença evoluiu e Penteado passou 100 dias na UTI, mas não resistiu e faleceu em março de 2021. A família de Penteado conseguiu em juízo que fosse paga uma indenização no valor de R$ 200 mil pela morte do delegado. De acordo com a reportagem de Mateus Araújo, esse é o primeiro caso de indenização no estado em caso de morte de trabalhador de atividades essenciais. No caso do delegado, o processo abre um importante precedente para que outras famílias possam pedir compensações semelhantes por vítimas da covid-19.

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