Entidades de diversos setores apresentarão às Nações Unidas um documento no qual pedirão justiça diante do comportamento do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia da covid-19, além de denunciar ao Tribunal Penal Internacional o "crime de extermínio". A informação é do colunista Jamil Chade. Uma versão preliminar do informe foi apresentada em um evento paralelo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e será submetida de forma oficial aos organismos internacionais no dia 4 de novembro. O levantamento é resultado de uma iniciativa da Articulação para o Monitoramento de Direitos Humanos no Brasil (AMDH), que reúne Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), o Processo de Articulação e Diálogo (PAD), o Fórum Ecumênico Act Brasil (FeAct) e organizações parceiras de Misereor no Brasil, o Fórum Nacional de Defesa do Direito Humano à Saúde, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) Segundo eles, os "atos de ação e omissão do estado e do governo brasileiro na condução do enfrentamento da pandemia resultaram numa mortalidade por covid-19 no Brasil 4 a 5 vezes maior do que a média mundial". Os dados têm como base um trabalho do pesquisador Pedro Hallal. Os dados, uma vez mais citando o pesquisador, significam "que aproximadamente quatro de cada cinco mortes por covid-19 poderiam ter sido evitadas caso o país estivesse na média mundial em termos de enfrentamento da pandemia". "Isso, com base nos dados coletados até o final do mês de agosto de 2021, representa um total estimado de 467.093 mortes que poderiam ter sido evitadas, bem como o sofrimento dos milhões de familiares, em particular os milhões de órfãos e sequelados que terão que enfrentar as consequências da desestruturação de suas famílias e vidas", apontam as entidades. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |