A ginasta americana Simone Biles é um fenômeno. Aos 24 anos, estava cotada para levar nada menos que seis medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A expectativa tinha razão de ser, já que a atleta soma mais de 30 medalhas em Mundiais e Olimpíadas, incluindo quatro outros na Rio 2016. Simone parecia "imparável" diante de qualquer aparelho, prova ou acrobacia. E, de fato, ela é considerada a maior ginasta do mundo pela capacidade de unir força física e coordenação motora em movimentos assombrosos. Mas a jovem é, antes de tudo, um ser humano —e, como todos nós, vulnerável à pressão, tanto social quanto interna. Nesta semana, a atleta que nunca errava pediu para sair da competição por medo de se machucar. Com a saúde mental em curto-circuito, não conseguia realizar corretamente suas séries espetaculares, aumentando o risco de lesões (graves, inclusive). Simone, que até então mostrou uma força física gigante, revelou nesta semana que possui uma força pessoal e emocional enorme também. Sem medalhas, a ginasta entrou para a história dos Jogos Olímpicos ao mostrar que saúde mental vale mais do que qualquer ouro da competição. E reforçou o discurso, cada vez mais prevalente e importante, de que cuidar do emocional é tão importante quanto praticar exercícios físicos ou comer de forma saudável.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário