Numa temporada em que os cinemas ficaram fechados quase o tempo todo e a produção para a televisão perdeu muito em matéria de qualidade, o anúncio dos indicados ao Globo de Ouro, ocorrido nesta quarta-feira (03), nos lembra, como se diz em Hollywood, que o show não pode parar (veja a lista completa dos indicados). Como resumiu o jornal "The New York Times", o prêmio em si já é bem peculiar: "O Globo de Ouro sempre foi um ritual peculiar. As estátuas são entregues por um grupo clandestino de jornalistas estrangeiros, dos quais apenas 89 votam. Os prêmios principais são divididos em categorias dramáticas e cômicas, muitas vezes de maneira confusa. Estranhamente, filmes em língua estrangeira não podem concorrer aos prêmios de maior prestígio." Mas, em 2021, é ainda mais estranho: "Este ano, no entanto, a natureza surreal da situação foi agravada por uma questão da era pandêmica: O Globo de Ouro está realmente acontecendo?" Como observa o jornal, para muita gente, "incluindo algumas em Hollywood", é difícil prestar atenção numa premiação como esta enquanto o coronavírus ainda mata mais de mil americanos por dia (e mais de mil brasileiros por dia). Por outro lado, para muitos o Globo de Ouro é uma distração leve e necessária nestes tempos tão difíceis. A grande maioria dos filmes só foi lançada online, em plataformas de streaming. A cerimônia de entrega do prêmio, programada para 28 de fevereiro, terá apresentação de Amy Poehler e Tina Fey - uma em Nova York, a outra em Los Angeles. Uma das razões para manter a premiação em 2021 é o contrato entre a associação de jornalistas estrangeiros e a NBC. A rede de TV americana paga cerca de US $ 65 milhões (R$ 350 milhões) por ano pelos direitos de transmissão.
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