A taxa de transmissão do novo coronavírus voltou a subir no Brasil e já é a maior desde maio, de acordo com dados divulgados hoje pelo Centro de Controle de Epidemias do Imperial College, de Londres. Nesta semana, a taxa —que indica para quantas pessoas um paciente infectado consegue transmitir o vírus— passou a ser de 1,30. Em 16 novembro, o índice estava em 1,10. Quando esse valor é maior que 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa. A taxa de 1,30 significa que um grupo de cem infectados transmite o vírus para outras 130 pessoas, fazendo com que a doença se espalhe mais rapidamente. O Brasil soma 6.088.004 de casos e 169.541 mortes provocados pela covid-19 desde o início da pandemia. Em São Paulo, apesar de o discurso oficial da Prefeitura ser de estabilidade e de negar uma segunda onda, a rede municipal vai abrir 220 leitos de exclusivos para covid-19. Serão 200 novos leitos de enfermaria nos hospitais de Parelheiros, Brasilândia e Bela Vista. O hospital de Itaquera vai ganhar 20 vagas de UTI. Enquanto isso, a comissão mista do Congresso que acompanha as ações do governo sobre a pandemia quer ouvir explicações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a existência de 6,8 milhões de testes mantidos estocados e que perderão sua validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021. A comissão também aprovou realização de audiência pública com o ministro da Saúde para tratar das reuniões com laboratórios a respeito das vacinas em fase avançada de testes. Vacinas O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, acredita que após a Páscoa de 2021 "as coisas começarão a voltar ao normal", prevendo para dezembro o início da vacinação, já que os estudos apontaram que a Oxford/AstraZeneca teve até 90% de eficácia (entenda como é feito este cáculo). No Brasil, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) é o órgão parceiro e se prepara para fabricar doses que beneficiem até 130 milhões de pessoas em 2021. Há ainda a vacina a ser produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a fabricante chinesa Sinovac. São previstas 46 milhões de doses da CoronaVac no início de 2021. Outras duas também estão em desenvolvimento: a vacina Sputnik V, produzida no Instituto de Pesquisa Gamaleya da Rússia; e a vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer elaborada em parceria com a empresa alemã BioNTech.
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