O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reforçou hoje, em conversa com interlocutores, que se mantém confiante em uma vitória do aliado Donald Trump na eleição americana. O republicano, em desvantagem nas pesquisas de opinião, enfrenta nas urnas o democrata Joe Biden. A votação será encerrada às 20h de hoje, e o resultado deve sair amanhã. Bolsonaro se reuniu nesta manhã com o chanceler Ernesto Araújo e com auxiliares estratégicos para assuntos internacionais. O presidente já vinha mantendo desde ontem conversas reservadas sobre o tema e recebendo conselhos e informações a respeito do embate eleitoral nos EUA. O presidente também disse aos auxiliares entender que, por mais que as declarações explícitas de apoio sejam um gesto meramente simbólico, é importante para os interesses do Brasil (tanto na diplomacia quanto na economia) a manifestação de "lealdade" a Trump. Em mensagem nas redes sociais, ele disse que "há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências" na eleição nos Estados Unidos. Se o republicano vencer, o Palácio do Planalto avalia que as relações entre os dois governos ficariam ainda mais sólidas. Mas o Executivo teme que uma vitória de Biden possa criar dificuldades para o setor de exportação do agronegócio brasileiro. Base do governo no Congresso, o centrão prefere adotar uma postura de neutralidade. No entanto, os parlamentares dizem acreditar que uma vitória de Biden forçaria o governo a melhorar a gestão ambiental e o diálogo com a comunidade internacional. Além de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) também criticou a política ambiental dos EUA e cutucou Biden, que já fez críticas ao Brasil por considerar falha a proteção à Amazônia, dizendo que, antes de falar de outro país, o rival de Donald Trump deveria olhar para seu próprio território.
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