Uma campanha de difamação que precisa acabar  | Dr. Victor Sorrentino , Médico e Palestrante |
Olá, Quero trazer aqui um caso que me surpreendeu muito, a ponto de me deixar sem palavras, praticamente. Talvez seja até algo que você enfrenta no seu momento atual de vida. Ou conheça um amigo, um familiar passando pelo mesmo. Na última semana, atendi uma pessoa que estava tomando 7 REMÉDIOS FORTES AO MESMO TEMPO, para tentar emagrecer, controlar a ansiedade, melhorar a disposição, o sono, ficar mais tranquila… Ela me contou que seu médico, quando questionado, foi veemente contra os suplementos que sua nutricionista havia indicado. Agora, te pergunto: você acha mesmo que suplementos vitamínicos são mais perigosos do que a combinação de 7 drogas que, até agora, não surtiram efeito nenhum na vida dessa pessoa? Pois é. Mesmo sendo médico, confesso que me assustei ao me deparar com um caso assim. Eu sei que, nos últimos anos, os suplementos sofreram uma certa campanha de difamação. Então, para introduzir o assunto, preciso te trazer um panorama. Um estudo mostrou que a intoxicação alimentar causa 900 vezes mais chances de morte comparada a suplementos. No caso da hospitalização, são 300 mil vezes mais chances de morte. As drogas farmacêuticas causam 62 mil vezes mais chances de reações adversas comparadas aos suplementos. Então, por que a má fama? É importante entender que muitos dos suplementos fazem com que não precisemos tomar remédios. Caímos de novo na questão da lucratividade da indústria. Quem perde com o aumento do uso de suplementos? Acertou se você colocou a indústria farmacêutica nessa lista. Ela está sempre influenciando classes e sociedades de médicos. Em 2014, o relatório da American Association of Poison Control Center indicou zero mortes atribuídas ao uso de vitaminas. Não há maiores riscos com os suplementos, desde que seu uso seja feito corretamente. | | ANÚNCIO
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Porém, apesar disso, há uma rejeição muito forte à suplementação. Além da insegurança, um dos argumentos contra os suplementos é a falta de evidências sobre sua eficiência. Quase sempre, quem afirma isso são pessoas que não leram um estudo sequer sobre o assunto. Mas é fato que os suplementos podem nos ajudar a viver com mais qualidade, e até por mais tempo. Impacto na longevidade Não se pode negar que os remédios não estão conseguindo promover um envelhecimento saudável. Mas a suplementação oferece essa oportunidade, de forma cientificamente comprovada. Um estudo mostrou que a suplementação com vitaminas e minerais aumenta o comprimento dos telômeros. Telômeros são a parte dos cromossomos que garantem a proteção das informações ali contidas. As famílias mais longevas geralmente possuem os telômeros maiores. A proteção é maior porque até que o telômero se desgaste e faça a célula morrer, há um caminho um pouco mais longo. Outro estudo muito interessante aponta que telômeros curtos aumentam o risco de morte cardíaca em 300% e de doenças infecciosas em 800%. Assim, a compreensão se torna fácil: se utilizo um suplemento genérico, estou aumentando os telômeros, o que, por sua vez, aumenta a sobrevida e diminui as chances de doenças infecciosas e cardíacas. Isso já foi tema do prêmio Nobel de Medicina, em 2009. Mas arrisco dizer que você não teve acesso a essas informações. Outra meta-análise, essa sobre a suplementação com ácido-alfa-lipóico — um antioxidante sem o qual nosso corpo não vive (ele está presente em alguns alimentos, como o espinafre) — concluiu que ele é capaz de melhorar a neuropatia diabética. Existe um suplemento alimentar que pode adiar o avanço do mal de Parkinson. Esse suplemento é a fosfatidilserina, que tem diversas funções. Alguém já ouviu falar da fosfatidilserina? E do ácido-alfa-lipóico? Acho que não. Sabe por quê? Porque não há patente. Assim como o cálcio e a vitamina C, eles existem na natureza. O que não tem patente não interessa para a indústria farmacêutica. Mas pode ser justamente o segredo para a virada da sua saúde. Espero que esse texto te ajude a refletir sobre o poder dos suplementos. Um forte abraço,  | | ANÚNCIO
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Fontes: - Clin Toxicol (Phila). 2014 Dec 1; 52(10): 1032–1283.
- Int J Mol Med. 2019;44(1):218-226.
- Haematologica. 2017 Aug; 102(8): 1457–1465.
- Int J Endocrinol. 2012; 2012: 456279.
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