Nove em cada dez brasileiros defendem a criação de uma legislação contra a disseminação de fake news nas plataformas digitais. De acordo com pesquisa Ibope, 90% da população concorda que é preciso obrigar as empresas de redes sociais a protegerem a sociedade contra a desinformação. P ara 68%, o governo não faz o suficiente para lidar com o problema. O levantamento mostra ainda que 76% concordam com a ideia de rotular perfis “robôs”, e 71% desejam que as redes sociais informem quem pagou por anúncios e postagens.
O que isso significa: os brasileiros querem combater a desinformação de forma a equilibrar a proteção de seus direitos, afirma Laura Moraes, coordenadora da Avaaz, empresa que encomendou a pesquisa. “Não é exagero: mentiras matam e fatos podem salvar vidas”, disse.
Fique atento: o Senado (foto) deve começar a analisar hoje um projeto de lei que estabelece normas e mecanismos de transparência para redes sociais e serviços de mensagens da internet. Outro texto semelhante tramita na Câmara dos Deputados.
Em foco: Filipe Martins, assessor do presidente Jair Bolsonaro para assuntos internacionais, foi acusado de operar robôs nas redes sociais. E uma hashtag criada para aglutinar apoiadores de Bolsonaro foi sinalizada 20 vezes pela ferramenta americana Bot Sentinel como possível ação de contas automatizadas no Twitter.
Aconteceu ontem: Bolsonaro e seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, tiveram dados pessoais vazados por um grupo de hackers.
De olho na retomada: o governo negocia incentivos às exportações, com facilidade de acesso a créditos. Indústria teme invasão de artigos chineses após a pandemia.
Trava no campo: a China proibiu estatais de comprarem produtos americanos, como a soja. Exportadores brasileiros podem se beneficiar.
Busca por apoio: fracassou o plano de Witzel de negociar cargo de secretário de Polícia Civil com deputados para ampliar base na Alerj. Governador pode enfrentar processo de impeachment.
Ameaças: o deputado Daniel Silveira, alvo do inquérito sobre fake news, sugeriu em vídeo que poderia atirar em manifestantes antifascistas.
Identidade digital: enquanto Brasil tem problemas para cruzar dados e pagar o auxílio emergencial, a Índia usa cadastro com dados biométricos de 1,257 bilhão de pessoas.
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