O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou hoje o ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) Carlos Decotelli, 67, como novo ministro da Educação. Ele vai substituir Abraham Weintraub, que deve assumir cargo no Banco Mundial após gestão conturbada do MEC e atritos constantes com o STF (Supremo Tribunal Federal). Oficial da reserva da Marinha, Decotelli é "bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha", conforme anunciado pelo presidente. Decotelli será o primeiro ministro negro do governo de Jair Bolsonaro. O nome de Decotelli foi indicado pela cúpula militar, em uma sugestão dos almirantes do governo. Ele também contou com o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes, com quem atuou no passado no IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais). Ao mesmo tempo, é alinhado com o presidente da República em questões ideológicas e se mostra "fiel aos conceitos de guerra cultural", o que pode agradar aos "olavistas". Entre fevereiro e agosto de 2019, ele atuou como presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Antes disso, trabalhou junto à equipe de transição do governo, formada após a vitória de Bolsonaro na eleição de 2018. Decotelli assume um ministério enfraquecido politicamente pelas polêmicas relacionadas a Weintraub. O ex-ministro foi demitido da pasta na semana passada depois de provocar a irritação de vários setores em virtude de declarações controversas e ataques a adversários do presidente e outras nações —como a China, principal parceira comercial do Brasil. |
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