Bom dia!
A OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, prevê a maior desaceleração da economia global desde a Covid. Mais uma vez, a culpa é da guerra comercial de Donald Trump, que volta a escalar com o aumento das tarifas sobre aço e alumínio.
De acordo com a organização, o PIB global deve avançar 2,9% em 2025, menos que os 3,1% previstos em março. A expansão da economia americana foi revisada para 1,6%, um recuo ante a expectativa de crescimento de 2,2% feita em março. As projeções para a Zona do Euro foram mantidas, e o PIB do bloco deve avançar 1%, enquanto a economia chinesa deve crescer 4,7%, 0,1 ponto percentual abaixo da previsão anterior. O PIB brasileiro deve avançar 2,1% neste ano, estima a OCDE.
Investidores e economistas têm tido dificuldades de medir o estrago causado não só pelo aumento das tarifas, mas pela incerteza com a implementação das medidas mais radicais. Nisso, a tendência é que investimentos sejam adiados.
Também nesta manhã, a Zona do Euro anunciou que a inflação do bloco caiu pela primeira vez desde a Covid para abaixo da meta de 2% ao ano no mês de maio, alcançando o patamar de 1,9%. Dados mostram que a pressão inflacionária esfriou de tal maneira que os preços devem ficar solidamente abaixo da meta. Isso endossaria novos cortes de juros no bloco, não fosse a guerra comercial. O Banco Central Europeu se reúne nesta semana e deve reduzir as taxas de juros mais uma vez, e então fazer uma pausa.
Com sinais de esfriamento da economia global, os futuros americanos começam a terça-feira em queda, acompanhados pelas bolsas europeias, que também cedem. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, afunda quase 1% no pré-mercado.
Na agenda do dia, os destaques são a produção industrial de abril, que sai logo mais às 9h. Nos EUA, investidores se debruçam sobre o relatório Jolts, que mostra vagas de trabalho abertas no país. Bons negócios.
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