Bom dia!
Trata-se da maior rebelião do Congresso brasileiro desde os anos Collor. Na noite de quarta-feira, o parlamento brasileiro aprovou um projeto legislativo que revoga o aumento do IOF, o decreto feito pelo governo que ajudaria no equilíbrio das contas públicas.
A medida reabre um dos maiores conflitos do país: como zerar o déficit do Orçamento. Havia a pressão contra o IOF, já que o imposto não tem função arrecadatória, mas de regulação. Ainda precisa do aval do Congresso o aumento das alíquotas de Imposto de Renda sobre investimentos hoje isentos, como LCAs e LCIs.
Fica difícil cravar qual vai ser a reação da Faria Lima à decisão dos deputados e senadores. De um lado, investidores eram contrários à medida proposta pelo Executivo. De outro, o país segue sem uma alternativa viável de organização das finanças, com um parlamento que aumenta despesas enquanto cobra corte de gastos do governo. Também na quarta foi aprovado o aumento de 18 vagas para deputados federais. O texto prevê que não haverá elevação de despesas, ante previsão inicial de um custo de R$ 56 milhões com os novos parlamentares.
Nesta manhã, não há negócios com o EWZ, o fundo que representa as ações brasileiras em Nova York. Na véspera, o Ibovespa caiu mais de 1%, a 135 mil pontos.
Por aqui, a agenda é pesada. Ainda de manhã, o IBGE divulga o IPCA-15, com a expectativa de desaceleração de preços ante a Selic de 15% ao ano. Haverá ainda o relatório de política monetária do Banco Central e a divulgação da arrecadação de maio.
Enquanto isso, os futuros das bolsas americanas avançam em Wall Street, mesma direção seguida pelos índices europeus. No hemisfério norte, as atenções vão para o dado final do PIB americano e para a série de declarações públicas de dirigentes de bancos centrais dos EUA e da Europa. Bons negócios.
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