Olá, está no ar mais uma newsletter do TAB! Nesta edição, trazemos duas reportagens que revelam os extremos da busca por um lugar ao sol. De um lado, a luta dos caiçaras do litoral norte de São Paulo para sobreviver nas áreas de risco, após a chegada da elite; de outro, a busca do sonho americano em Miami, feita agora por brasileiros endinheirados. Nesse caldeirão todo, temperamos a edição com o perfil de Luciano Hang em sua fase "apolítica" e os extremos em torno do dia 31 de março, que marca o golpe militar de 1964. Bora nessa? Tubarões do litoral norte A tragédia das chuvas de fevereiro, no litoral norte de São Paulo, esconde uma história profunda que opõe os veranistas da elite e os caiçaras. A partir da construção da BR-101, muitos moradores antigos foram deixando a região à beira-mar, vendendo seus terrenos a preços módicos, indo viver cada vez mais para dentro das praias, ao pé da Serra do Mar. Contamos as histórias das pessoas que nasceram e foram criadas ali, agora vítimas das chuvas. Fluxo 'premium' Nossa editora-assistente Juliana Sayuri foi conhecer a nova onda de brasileiros em Miami, cidade que na pandemia emergiu como polo financeiro e cultural dos EUA. A diferença agora, em relação à primeira vaga, é o perfil dos imigrantes: são brasileiros ricos, bem-sucedidos, altamente gabaritados, interessados em "dolarizar" seus patrimônios. A outra face de Hang É difícil um brasileiro não conhecer Luciano Hang. Para uns, ele é figura memética, mais conhecido como "véio da Havan"; para outros, Hang é uma referência nos negócios — veio do nada e hoje é a décima pessoa mais rica do Brasil. A gente detalha aqui a trajetória do menino nascido em Brusque (SC), que construiu um império de lojas, entre a meritocracia e a sonegação. Ícone bolsonarista, ele agora diz ter abandonado a militância política por causa de um novo "inimigo": as plataformas de e-commerce asiáticas, que ele chama de "contrabandistas digitais". A mulher que tirava a roupa dos homens Uma das revistas mais populares do Brasil nos anos 2000 carrega muitos feitos. Pioneira em mostrar não apenas homens famosos peladões, mas também seus membros eretos, a G Magazine foi a primeira publicação declaradamente gay a ser citada nos programas de TV. A mulher por trás desse marco se chama Ana Fadigas, uma jornalista que acordou para a comunidade após o próprio marido sair do armário. Ana é também uma das entrevistadas do podcast "Brasil para Maiores". Já ouviu? Clique aqui pra um mergulho sonoro no surreal período em que celebridades entraram para o mercado de filmes pornográficos. Orar e resistir Você leu aqui, na semana passada, com exclusividade, a história da passagem de cajado na liderança da igreja Batista da Lagoinha, uma das denominações mais relevantes na expansão dos evangélicos no Brasil. A gente continua com nossa série de reportagens sobre essa "guerra dos tronos", dessa vez destacando como fiéis LGBTQIA+ resistem a André Valadão, conhecido por discursos homofóbicos. No dia do golpe Na última sexta-feira (31 de março), o Brasil relembrou mais uma vez a data que marca o início do golpe militar, em 1964. Pela primeira vez em cinco anos, o Exército não celebrou a data, mas houve exceções. A gente esteve nos dois extremos: no Cordão da Mentira, bloco que desfilou no antigo DOI-Codi, em São Paulo, e no Clube Militar do Rio que, à revelia das orientações do Ministério da Defesa, comemorou a "contrarrevolução" com um almoço". |
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