A BYD criou a sua versão de carro dançarino, como forma de entrar no jogo da rival norte-americana Tesla e da alemã Mercedes-Benz - que também detém tecnologias similares. Mas os asiáticos acabaram superando os patamares dos ocidentais. Batizado de YangWang U9, a novidade é capaz de saltar, dançar de um lado para o outro, andar sobre três rodas e, inclusive, sem uma delas. De acordo com a BYD, as tecnologias por trás da capacidade de execução dessas habilidades passaram por mais de 30 meses e 10 milhões de quilômetros de testes. Alguns modelos já estão em produção com hardware compatível prontos para receber os novos recursos por meio de uma atualização de software over-the-air. Ainda segundo os chineses, trata-se do "sistema de controle de carroceria de veículos mais avançado da indústria em todo o mundo". A tecnologia recebeu o nome "Disus" e é dividida em diferentes categorias para compor o portfólio da marca. Há o Disus-C, que ajusta o amortecimento de forma controlada; o Disus-A, que emprega amortecedores a ar que podem ser ajustados em até 150 mm; e o Disus-P, que é "o primeiro sistema inteligente de controle hidráulico de carroceria do mundo", segundo a marca. Este último é capaz de unir as funções do tipo "A" e "C", adicionando mais 50 mm de regulagem de curso (totalizando 200 mm), bem como a função de levantar todas as quatro rodas simultaneamente, ou cada roda de forma independente. O supercarro YangWang U9 EV, por sua vez, tem o sistema mais refinado de todos, que é o Disus-X, que adiciona a capacidade de dançar, pular e até mesmo dirigir sobre três rodas. Migrando para as demais especificações do supercarro, tem quatro motores elétricos que permitem uma aceleração até 100 km/h em menos de dois segundos, graças aos seus 1000 cv. Com isso, torna-se um dos carros mais ágeis do mundo. Sem prejuízo à autonomia, capaz de superar os 700 km. Outros carros dançarinos - A Mercedes-Benz conta com um sistema de suspensão que incorpora um sistema que funciona de maneira similar, mas menos agressivo, chamado de E-Active Body Control.
- Presente nos luxuosos Classe S e no SUV GLS, ele é capaz de ativar "pulinhos" para ajudar o veículo a lidar com obstáculos no solo e terrenos como areia ou terra. Com isso, aumenta a capacidade de rodagem, além de compensar desconforto para os ocupantes.
- Já que consegue antecipar os movimentos, pode expandir ou comprimir o curso da suspensão para evitar trancos e solavancos. Como se não bastasse, utiliza-se dos sensores de presença ao redor do carro para deslocar a carroceria para o lado mais seguro na hora de uma colisão iminente.
- Ou seja, se, por exemplo, o carro for bater no canto direito, ele pode dar um pulinho para o canto esquerdo. Assim, ajuda a livrar a parte do carro envolvida no acidente para que o impacto seja amenizado.
- Já o Tesla o SUV Model X da Tesla "dança" parado. O criador da marca, Elon Musk, gosta de implementar algumas brincadeiras (ou "easter eggs") na programação eletrônica do carro. Uma delas é uma função de "performance artística", onde o carro "dança" músicas como a "Wizards in Winter", da Trans-Siberian Orchestra.
- As portas traseiras, portas dianteiras e espelhos retrovisores abrem e fecham autonomamente ao som da música. O show é ativado pressionando o ícone Tesla "T" por cinco segundos, digitando "ModelXMas" na caixa de texto que aparece na central multimídia.
Mas qualquer carro pode dançar, na realidade. Após customizações específicas para isso, nascem os 'Lowriders'. A partir de complexos sistemas que gerenciam poderosas suspensões hidráulicas, alimentadas por baterias que vão no porta-malas, o carro pode andar alto, baixo, em três rodas e quicar. O dono pode controlar a atuação dos componentes da forma como preferir. Apesar de a cultura ter surgido a partir de pessoas mais humildes nos EUA e no México, hoje em dia, os veículos são tão sofisticados que podem partir de R$ 15 mil, quando são instalados apenas os itens mais básicos (isso no exterior e fazendo uma conversão simples para a moeda brasileira). Sem contar o preço do carro em si. |
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