As Bolsas mundiais têm dia de baixa nesta segunda-feira (28). Veja os principais destaques que podem influenciar os mercados hoje e durante a semana: Covid na China: Na Ásia, a queda é puxada pelos protestos contra a política de tolerância zero à covid-19 imposta pela China. Muitos manifestantes também pedem a renúncia do presidente Xi Jinping. O governo, por sua vez, reiterou que continuará adotando medidas para controlar o avanço da doença no país, o que deve manter a situação tensa. Isso gera incertezas quanto à economia chinesa, pondo em xeque seu crescimento e respingando globalmente. Mesmo assim, a cotação do minério de ferro teve mais um dia de alta, subindo 2,37% em Dailian. Petróleo em queda: O petróleo do tipo Brent — referência global — opera em baixa de 3%, a US$ 81, afetado pelo receio de que as manifestações na China afetem a demanda. Também é impactado pela autorização do governo dos Estados Unidos para que a Chevron volte a bombear petróleo da Venezuela, o que pode motivar outras empresas a fazerem o mesmo. Os futuros americanos também têm dia de queda. Para hoje, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA); na sexta (2), será divulgado o relatório de empregos no país ("payroll"). Na Europa, quem pode acalmar a situação é Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Europeu), que vai discursar ainda hoje, e Andrew Bailey, presidente do BoE (Banco da Inglaterra, na sigla em inglês). Ambos podem dar ao mercado mais pistas sobre o rumo das economias europeias. Transição de governo: No Brasil, investidores seguem atentos à PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição) e esperam pela definição do ministro da Fazenda do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com possível recriação do Ministério do Planejamento. Neste momento, o mercado e os empresários demonstram impaciência, depois de não terem recebido bem a fala do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Projeções para a economia: Também tivemos a divulgação Boletim Focus, com mais uma revisão para cima das projeções para a inflação e a taxa de câmbio deste ano e de 2023. A expectativa para os juros (Selic) se manteve igual. PIB, desemprego e inflação: A semana ainda terá outros indicadores importantes, com o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de novembro amanhã (29), taxa de desemprego na quarta (30), PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre na quinta (1º) e números da produção industrial de outubro na sexta (2). Lembrando que hoje teremos baixa liquidez no Brasil, com o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar, às 13h. Por isso, a instabilidade continuará reinando na Bolsa e principalmente no dólar. Gripe aviária: Notícia negativa para o setor de frigoríficos, especialmente para JBS (que controla a Pilgrim's, maior produtora de frango dos EUA) e BRF (grande exportadora brasileira). Funcionários do Departamento de Agricultura do estado americano de Nebraska disseram que serão abatidos mais de 1,8 milhão de frangos por causa de gripe aviária, que foi identificada em uma fazenda por lá. Mais de 50 milhões de aves já foram abatidas nos EUA, e a gripe continua se espalhando. Petrobras: São remotas as chances de que o Conselho de Administração da Petrobras facilite a indicação antecipada de um novo presidente para a estatal, uma vez que o próprio Conselho teria de colaborar, o que é bastante improvável no momento, segundo a conselheira Rosângela Buzanelli. Energia: A Gerdau firmou parceria com a NW Capital para adquirir a Newave Energia por R$ 4,5 bilhões. A AES Brasil aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,25 por ação. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que as contas de luz seguirão com bandeira verde, isto é, sem cobrança adicional, em dezembro. ********** Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na sexta (25) Dólar: +1,89%, R$ 5,411 Euro: +1,90%, R$ 5,634 B3 (Ibovespa): -2,55%, 108.976,70 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A newsletter UOL Investimentos mostra como pagar o financiamento de um imóvel na metade do tempo e o quanto é possível economizar antecipando parcelas. Veja exemplos e saiba se realmente compensa. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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