Nesta quarta-feira (23), as Bolsas na Europa vivem um dia misto, enquanto os mercados futuros dos Estados Unidos apontam para a estabilidade. Juros na Europa. A maior parte dos mercados europeus opera em queda após o vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu), Luiz de Guindos, afirmar que os juros continuarão subindo até que a inflação atinja a meta de médio prazo, que é de 2%, mesmo que a zona do euro caminhe para a recessão. Ele ainda prevê inflação de 10% nos próximos meses, o que reforça a ideia de que não teremos queda nos juros tão cedo por lá. Também estão pesando os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) — visto como um bom indicador da saúde econômica geral — que saíram na França, no Reino Unido e na Alemanha. Isso mantém a visão cautelosa dos investidores. Alívio asiático. Na Ásia, com exceção do Japão, tivemos altas, com investidores deixando um pouco de lado os receios quanto à covid-19 e focando nas informações do Bank of Communications, que concordou em fornecer linha de crédito de 100 bilhões de iuanes para a incorporadora Vanke, estimulando o setor imobiliário. Além disso, segundo informações de um funcionário do Banco Central da China publicadas pelo "Economic Daily", serão liberados para seis bancos 200 bilhões de iuanes em empréstimos para construção de casas. O minério de ferro, porém, não conseguiu se reerguer, registrando queda de 0,41% em Dailian. Teto para Rússia. O petróleo segue bastante instável, com o tipo Brent — referência global — saindo de uma alta para uma forte queda de 2,27%. O movimento é puxado pelo plano da União Europeia e dos países do G7 de impor um teto para os preços do barril na Rússia. Dados dos EUA. Nos EUA, teremos uma agenda cheia, começando pelos dados de encomendas de bens duráveis — que devem permanecer estáveis —, além do PMI da indústria de serviços e manufaturados. Ainda serão divulgados o índice de confiança do consumidor e o número de vendas de casas novas. No fim da tarde (horário de Brasília), também será publicada a ata do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), que deve trazer mais clareza sobre o que esperar para a economia do país. Transição de governo. Aqui no Brasil, investidores seguem atentos à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição e buscam pistas sobre a equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que deve manter a instabilidade na Bolsa e no dólar. Além disso, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) desacelerou a 0,65%, com queda em três das oito classes de despesa que compõem o índice. Também teremos hoje a fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em evento privado. Negócios. A Eletrobras informou que foi aprovada por acionistas a incorporação da Transenergia Goiás (TGO) pela Furnas Centrais Elétricas. Ontem, a empresa também realizou o pagamento integral relativo a um acordo fechado entre a Eletronorte e a Cetenco Engenharia, encerrando um caso antigo. Ainda foi agendada uma assembleia geral extraordinária para 22 de dezembro, para aprovar o aumento de salário dos executivos da Eletrobras. Pela proposta, o reajuste para o presidente da empresa pode chegar a 473%, saindo de R$ 52,3 mil para R$ 300 mil. A remuneração dos vice-presidentes também pode sair de R$ 49,8 mil para uma a média de R$ 110 mil. A empresa já tentou fazer isso no ano passado, mas sem sucesso. ********** Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na terça (22) Dólar: +1,30%, R$ 5,380 Euro: +1,84%, R$ 5,539 B3 (Ibovespa): -0,65%, 109.036,54 pontos ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia analisa se é o momento ou não de comprar ações da Prio (ex-PetroRio), trazendo os pontos positivos e negativos da empresa. Veja se você tem o perfil de investidor indicado e conheça os valores de compra e venda recomendados. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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