As Bolsas na Europa e nos Estados Unidos operam em leves altas nesta sexta-feira (18), enquanto a maior parte das asiáticas — já fechadas — registraram pequenas quedas. Por aqui, a Bolsa caminha para mais uma semana de queda, em meio às preocupações de descontrole fiscal. Incertezas na China. Na Ásia, pesa o mau humor com o avanço da covid-19, que se sobrepõe ao relaxamento de algumas barreiras sanitárias na China e tira o brilho do potencial pacote de estímulos à economia que deve ser anunciado semana que vem. A expectativa pelas medidas vinha animando a cotação do minério de ferro, que fechou mais um dia em boa alta no país. O preço do petróleo segue volátil, em uma semana em que o barril do tipo Brent — que é usado como referência global — teve grandes desafios para se estabilizar acima de US$ 90. EUA e Europa. Nos Estados Unidos, serão divulgados números das vendas de casas usadas, indicando uma provável queda em comparação com o mês anterior.Vale lembrar que dados mais fortes da economia americana reforçam a necessidade de aumento mais intenso dos juros — e vice-versa. Ontem, tivemos a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, dizendo que será preciso subir mais os juros para não criar um cenário de inflação persistente no futuro. Transição de governo. No Brasil, o foco permanece nas discussões da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição. O mercado vê como problema o fato de que o projeto não define um prazo específico para o waiver (licença para gastar) — o que facilita a aprovação da PEC no Congresso, mas pode abrir brechas para detonar o teto de gastos. O valor acima das estimativas, chegando a quase R$ 200 bilhões, também gerou reações negativas. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, falará hoje e poderá reiterar o alerta fiscal. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursará novamente na COP27, após economistas — como Armínio Fraga e Pedro Malan — escreverem uma carta mostrando desacordo às falas de ontem. Mais balanços. No lado corporativo, as ações Stone devem reagir positivamente hoje, após a divulgação dos resultado do terceiro trimestre. A empresa registrou lucro líquido ajustado de R$ 162,5 milhões, alta de 90,5% em um ano, fruto do aumento nos preços cobrados para fazer frente ao aumento dos juros. Também recuperou a fatia de mercado que havia perdido, ficando com 11,3%. No after-market de ontem, as ações da Stone subiram 11%. No ano, porém, os papéis caíram 43,5%. Empresas de shoppings. Outro assunto que deve ficar no radar é a fusão entre BR Malls e Aliansce Sonae, aprovada sem restrições pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), dando origem ao maior conglomerado de shoppings do país. A operação será efetivada em janeiro de 2023 e, até lá, as empresas permanecerão operando de forma independente. O mercado enxerga essa combinação de negócios como importante para ambas, porque pode ajudar a reduzir as quedas nas ações. No ano, BR Malls e Aliansce Sonae já acumulam perdas de quase 20%. ********** Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na quinta (17) Dólar: +0,37%, R$ 5,402 Euro: +0,11%, R$ 5,597 B3 (Ibovespa): -0,49%, 109.702,78 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A newsletter UOL Investimentos explica por que é importante ter uma reserva de emergência, essencial para resolver problemas de última hora. Veja dicas de como estruturá-la e onde investi-la. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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