Bom dia! Estamos chegando à reta final da campanha eleitoral e o clima continua quente. Para desvendar melhor o jogo político, a gente foi atrás dos grandes doadores desta eleição — e contamos quem eles têm priorizado na disputa. Pegamos a esburacada estrada que liga Porto Velho a Manaus, a BR-319, para ouvir o que dizem os moradores da região — tempos atrás, o presidente prometeu repavimentar a rodovia, desagradando aos indígenas locais. Também investigamos como um grupo de extrema direita se infiltrou no PDT e como Jair Bolsonaro fez do culto de aniversário do pastor Silas Malafaia um comício. Olha, contei foi pouco. Até o Japão a gente visitou. Bora nessa? Realidade como poeira O repórter Rodrigo Bertolotto viveu aventuras trafegando pela BR-319 com o fotógrafo Caio Guatelli. A estrada que liga Porto Velho a Manaus foi construída durante a ditadura militar e está abandonada em seu trecho do meio. Bolsonaro prometeu recapear o chamado "meião", que basicamente sumiu, mas os moradores se dividem: enquanto reservas indígenas reclamam do projeto, habitantes de cidades como Realidade (AM) e Humaitá (AM) pedem a chegada do novo asfalto para facilitar o transporte de bens e serviços. Quem paga a conta? A jornalista Marina Dias conta como grandes doadores de campanhas estão, nos bastidores, tentando recuperar influência no Congresso. Às vésperas da eleição, eles têm priorizado doações a quem entendeu a importância de se "fazer política". Para você ter ideia: Tabata Amaral (PSB-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Felipe Rigoni (União Brasil-ES) e Renan Ferreirinha (PSD-RJ) estão na lista dos candidatos a deputado federal que mais recebem doações de pessoas físicas — milionários que estão de olho em quem aprendeu direitinho o "politiquês" de Brasília. Infiltrados no PDT Ainda falando de política, contamos como militantes de extrema direita têm rondado como fantasmas o PDT, partido do presidenciável Ciro Gomes. Eles fazem parte do grupo Nova Resistência (organização inspirada nas ideias do filósofo russo Alexandr Dugin, de cunho antissemita, antiliberal, ultra-nacionalista e contra pautas LGBTQIA+) e vêm apoiando campanhas de candidatos do partido, como Comandante Farinazzo, Cabo Daciolo e Aldo Rebelo. Culto-campanha Quase na reta final da corrida eleitoral, estivemos no culto de aniversário de 64 anos de Silas Malafaia na noite de quinta-feira (15). Além dos fiéis, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) e o senador Romário (PL), candidatos à reeleição, marcaram presença. O presidente Bolsonaro, que concorre à reeleição, foi o astro do festejo: recebeu oração e a bênção dos evangélicos. Neta de Dadá e Corisco A baiana Indaiá Santos aprendeu com os antepassados a ser desconfiada. Se recebe o telefonema de um desconhecido pedindo informações sobre o cangaço, reluta em confirmar sua identidade. Essa cisma toda é coisa de família. Neta dos cangaceiros Dadá e Corisco, aprendeu com a avó, com quem conviveu por 45 anos, a ter sempre um pé atrás com estranhos. Indaiá diz com orgulho que é a única descendente do bando de Lampião a dar continuidade à estética do cangaço. Além da desconfiança, herdou da avó o talento na costura. Conheça a história de Indaiá. Amizade pelada no Japão Na seção Meridianos, publicada pelo TAB quinzenalmente, o jornalista Roberto Maxwell conta como funciona o onsen, o banho de águas termais tão característico da cultura japonesa, marcado pelo "hadaka-no-tsukia" ("amizade pelada"). Clique aqui pra dar uma volta pelo vestiário, duchas e ofurôs do onsen, lugar de banhar (e renovar) alma e corpo, segundo os praticantes. Idade Média carioca Do Japão pulamos para o Rio de Janeiro, numa festa repleta de vikings, elfos, demônios e dragões. Sim, a Feira Medieval Midgard, que ocorreu no fim de semana na Barra da Tijuca, reuniu famílias inteiras, inclusive avós, com toda a licença poética que a imaginação humana permite: orelhas de elfo, máscaras de dragão, chifres de demônios, asas de fada. Até Blade, o caçador de vampiros, esteve por lá. Da newsletter de Daniela Pinheiro Nesta edição, a colunista entrevista uma manicure brasileira que vive em Portugal há mais de 15 anos. Para ela, boa parte das reclamações dos brasileiros, acusando portugueses de xenofobia e preconceito, se trata de leitura errada: os nativos são secos, meio estúpidos, mas não racistas com brasileiros, garante. Para receber por e-mail e ler na íntegra as próximas newsletters de Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui. |
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