Olá, investidor. Nesta sexta-feira (14), os mercados internacionais repercutem o discurso da economista e futura vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Lael Brainard, que admitiu a possibilidade de antecipação do início da alta dos juros nos Estados Unidos. Brainard afirmou, em depoimento perante o Comitê Bancário do Senado, que o Fed está pronto para iniciar o ciclo de alta da taxa "federal funds" - semelhante à Selic brasileira - logo após o encerramento do programa de compra de títulos, previsto para março deste ano. A decisão se deve à escalada da inflação no país, que avançou 7% em 2021, a taxa mais alta desde 1982. A fala da economista reacendeu a preocupação dos investidores com os possíveis efeitos da alta dos juros e da retirada dos estímulos sobre a economia norte-americana, fazendo com que os principais índices de ações das Bolsas de Valores de Nova York fechassem a sessão no vermelho. As companhias ligadas ao setor de tecnologia sofreram perdas expressivas. O receio com a alta dos juros ofuscou até mesmo a desaceleração do índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA, que avançou 0,2% em dezembro, abaixo das projeções, que indicavam alta de 0,4%. Investidores monitoram os balanços de alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos, que dão início à temporada de resultados em Nova York. Na Europa, predomina o mau humor diante da escalada das tensões entre Rússia e Estados Unidos. Em meio ao impasse envolvendo as ameaças de ação militar russa em território ucraniano, os EUA ameaçam a Rússia com sanções econômicas, enquanto o Kremlin reage com ameaças de envio de tropas para Cuba e para a Venezuela. Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda, com investidores receosos com a alta dos juros nos Estados Unidos. E por aqui, o que esperar?Por aqui, predomina o temor com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder a palavra final sobre ações de abertura, remanejamento ou corte de despesas do dia a dia dos ministérios para a Casa Civil, reduzindo a autonomia do Ministério da Economia. Repercute também a reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o presidente do Sindicado Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Isac Falcão, na qual o ministro negou novamente a possibilidade de reajuste salarial para a categoria. Falcão sinalizou que a mobilização da categoria deve ser ampliada, uma vez que o governo não ofereceu uma solução que agrade os representantes dos auditores. No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a venda de fábricas da Embraer em Portugal e o desempenho dos shoppings da Multiplan no quarto trimestre Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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