Olá, investidor. A maioria dos mercados internacionais opera em alta nesta terça-feira (11), à espera do depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell no Senado norte-americano. A expectativa pela fala do mandatário do Fed se deve ao tom mais duro da ata da última reunião do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA), que sinalizou uma possível antecipação do início da alta da taxa "federal funds", a taxa básica de juros dos EUA, em março, além de abordar a possibilidade de redução da carteira de ativos do banco central norte-americano. De olho nesse cenário, algumas das mais renomadas instituições financeiras dos Estados Unidos revisaram suas projeções para a política de juros do país na segunda-feira (10), dentre as quais o Goldman Sachs e o JP Morgan, que apostam em quatro altas dos juros ainda em 2022, o que levaria a taxa de 0% para 1% ao ano. A revisão das projeções contribuiu para o desempenho negativo dos mercados na véspera. Além disso, cresce a expectativa pelo resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos em dezembro, o índice oficial de inflação, com divulgação prevista para esta quarta-feira (12). O dado pode reforçar o tom mais "hawkish" da ata do Fomc, caso a inflação medida supere as estimativas do mercado. Na Europa, as Bolsas de Valores operam majoritariamente em alta, tentando se recuperar das perdas da véspera. Diante da agenda de indicadores esvaziada no velho mundo, os investidores se atentam ao depoimento de Powell, em busca de informações sobre os rumos da política monetária nos EUA. Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda, refletindo a preocupação com o aumento do número de casos de Covid-19 na China. Uma nova onda de infecções, provocada pela variante ômicron, tem preocupado as autoridades de Pequim, e soma-se às preocupações com a crise do setor imobiliário do gigante asiático. E por aqui, o que esperar?Por aqui, os investidores repercutem o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro de 2021, que ficou em 0,73%. Com isso, o ano encerrou com inflação acumulada de 10,06%. A variação da inflação no período não deve interferir no rumo da política de juros brasileira, e a promessa de elevação da taxa Selic em 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser mantida. Entretanto, a variação da inflação permite que os investidores avaliem a eficácia das medidas adotadas pelo Banco Central (BC) no combate à alta de preços, e deve influenciar o resultado do Ibovespa na sessão de hoje. O mercado repercute ainda a fala do presidente Jair Bolsonaro, que negou a possibilidade de concessão de reajuste salarial aos servidores públicos, o que traz um pouco de alívio aos investidores, tendo em vista a delicada situação fiscal do país, que não comportaria novos aumentos de gastos. No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a compra do Banco Modal pela XP e o recorde na prévia trimestral da Taiwan Semiconductor. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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