As big techs detêm um poder grande com o uso de algoritmos e inteligência artificial. Segundo o colunista Felipe Zmoginski, justamente pensando em diminuir a influência dessas empresas, o governo da China promulgou uma lei que impõe limitações adicionais a atuação delas. Agora, a legislação deseja impor limites ao poder dos algoritmos. O que rolou A partir de março, os usuários poderão escolher se querem ou não receber sugestões de compras baseadas em informações coletadas sobre eles. Sabe como é a gente comenta com alguém que precisa de um celular novo e, de repente, passa a receber publicidade digital sobre o assunto. A lei chinesa deve conferir ao usuário o direito de escolher se deseja —ou não— receber ofertas com base em dados de seu comportamento e hábitos de consumo. E isso vai impactar o e-commerce chinês. É bom lembrar que o varejo online na China é maior do que o offline. As limitações para o uso de algoritmos devem ser aplicadas também na precificação de produtos. Na China, é normal que sistemas de vendas online "ajustem" seus preços de acordo com o poder aquisitivo e "disposição para comprar" dos consumidores. Os recursos de IA (inteligência artificial) também não poderão ser usados com o objetivo de "discriminar" consumidores. Por que isso é importante A nova lei é particularmente rigorosa com as aplicações de mídias sociais, como o Douyin, nome local do TikTok, e apps de games, segmento liderado pela Tencent no país. De acordo com os legisladores, a eficiência da IA destes serviços é tamanha que, na prática, oferece-se sempre um conteúdo capaz de "fisgar" a atenção do usuário, mantendo-o permanentemente preso à plataforma. O governo chinês não quer apenas diminuir o poder das big techs, mas também tenta implementa políticas públicas para moldar o comportamento de seus jovens. |
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