Olá, investidor. As bolsas internacionais registravam fracas variações positivas na manhã desta terça-feira (9). A sequência de bons resultados corporativos e comentários mais moderados dos bancos centrais globais sobre a condução da política monetária ajudam a valorizar as cotações das empresas. A sessão tem poucos indicadores econômicos na agenda. Mas ao longo dos próximos dias, a semana reserva a divulgação de números de inflação em diversos países, principalmente China, Estados Unidos e Europa. A tensão com os dados que devem continuar mostrando pressões inflacionárias deixam o mercado operando próximo da estabilidade. Nos EUA, o fim de semana teve a aprovação de um pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão, que será usado em alguns anos, com o objetivo de "atualizar" a infraestrutura de transportes daquele país. Esses investimentos foram bem recebidos pelo mercado, já que tem potencial de gerar externalidades positivas, como a melhora de eficiência logística. E por aqui, o que esperar? No Brasil, a agenda corporativa está carregada, com diversas empresas divulgando seus resultados trimestrais até quinta-feira (11). Já comentei por aqui que os balanços corporativos têm surpreendido positivamente. Porém os acontecimentos macroeconômicos e incertezas envolvendo a questão fiscal dominam o pano de fundo e pressionam a Bolsa de Valores. A segunda-feira (8) foi outro dia em que o cenário político e as dúvidas sobre a aprovação da PEC dos Precatórios prejudicaram os ativos de risco. O Ibovespa descolou novamente do desempenho dos principais índices americanos e fechou perto da estabilidade, com queda de 0,04%, aos 104.781 pontos. Pesaram no mercado a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, de proibir o pagamento das emendas do relator, o que pode complicar a aprovação da PEC, além de sinalização de diretor do Banco Central sobre a possibilidade de um aumento de mais de 1,50 ponto percentual na Selic, na próxima reunião, para trazer a inflação à meta em 2022. A votação da PEC está marcada para esta terça-feira e, caso realmente ocorra e seja aprovada, podemos ver uma reação positiva por parte dos agentes do mercado. Por ora, a percepção é que o governo ainda conta com votos suficientes para o aval em segundo turno na Câmara. Aqui um parêntese. Não é que os agentes de mercado morram de amor pela ideia proposta pelo governo. Mas no atual cenário julgam essa alternativa como a menos ruim dentre as disponíveis, aliviando algumas incertezas relevantes em relação à condução da política fiscal brasileira em 2022. A situação não melhora muito, porém para de piorar. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): resultados trimestrais da Itaúsa e do Banco do Brasil. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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