Olá, investidor. As bolsas internacionais operavam com fracas variações negativas na manhã desta quarta-feira (3), com investidores aguardando a atualização da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, o mercado está receoso com reunião do Partido Comunista Chinês, que ocorre na próxima semana, de olho em possíveis novas intervenções na economia. A decisão do Fed que será anunciada nesta tarde parece estar cristalizada, com redução do programa de recompra de ativos até meados de 2022. Porém investidores querem entender se houve alguma alteração na visão de que a inflação atual é transitória e causada por choques de oferta. Uma mudança de percepção da autoridade sobre o nível geral de preços pode levar o mercado a precificar um aumento de taxas de juros já em 2022, cenário que atualmente está descartado. O presidente do Fed sempre foi muito claro dizendo que a redução do programa de recompra de títulos não indicava automaticamente a subida dos juros. No entanto, caso a visão do BC dos EUA tenha sido alterada, esse cenário será colocado em xeque. Ainda nos EUA, a agenda da semana conta com a divulgação de dados de emprego, que devem continuar mostrando melhora, em sinal de continuidade de recuperação da economia. Uma situação mais favorável no mercado de trabalho é condição para que o Fed execute sua política monetária mais restritiva (alta de juros) sem grandes entraves. Além do Fed, o Banco da Inglaterra também define os caminhos da política monetária britânica, na quinta-feira (4), com a possibilidade de que seus integrantes já defendam uma alta dos juros. E por aqui, o que esperar? No Brasil, o mercado monitora a Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A partir do documento, os agentes buscam uma melhor leitura do que foi debatido no encontro, na semana passada, e quais foram os detalhes que levaram à mudança na condução da política monetária - com elevação mais aguda da Selic. No front político prossegue a batalha do governo para conseguir aprovação da PEC dos Precatórios, que deve ser votada ainda nesta semana. A não aprovação do texto pode continuar trazendo dores de cabeça para o governo e para os agentes econômicos que voltarão a enfrentar incertezas envolvendo as questões fiscais do país. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): novidades da Alpargatas e da CCR. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. 
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