| | | | | Nova York voltou para o positivo e pode ajudar a bolsa brasileira após três dias de queda. Mas há uma pandemia de gastos públicos no caminho. | | | | | | | Por Juliana Américo e Tássia Kastner | | | | | | | | | Bom dia! Ontem as bolsas americanas caíram. Uma exceção, não a regra deste 2021 que já soma mais de 60 recordes de alta em Wall Street. O soluço parece ter passado, e o dia de hoje aponta para mais uma valorização sólida. Os futuros do índice de tecnologia Nasdaq avançam robustos 0,48% nesta manhã, enquanto o S&P 500 ganha também expressivos 0,27%. Eles são a exceção. Na Ásia, as principais bolsas caíram depois que os dados do setor de construção frustraram as expectativas do mercado. Pudera, esse é o segmento da economia que colocou o risco de uma desaceleração na China nos holofotes e aumentou a tensão de investidores. Enquanto isso, a Evergrande, a incorporadora chinesa que flerta com o precipício, continua a vender ativos para pagar as dívidas. Enquanto isso, a Europa voltou a ficar tensa com o combo inflação + nova onda de Covid. A Alemanha discute com os governadores novas medidas de controle da doença, com um eventual lockdown, enquanto a Bélgica limitou o trabalho presencial a uma vez na semana. O Brasil parece ter controlado a pandemia (ou ao menos a última onda dela), mas padece de outra. Uma pandemia de gastos públicos. Com a PEC dos Precatórios em discussão no Senado, o governo já tira da manga estratégias para aumentar o Auxílio Brasil de qualquer maneira. Para o andar de cima, o plano é reajuste para servidores. Segundo o colunista Lauro Jardim, a equipe de Paulo Guedes ainda não começou a fazer contas do rombo que o aumento causaria. Não significa que ele não irá acontecer, caso o presidente Jair Bolsonaro leve seu plano adiante. Claro que a inflação também corroeu o poder de compra dos servidores. Mas elevar gastos públicos é o melhor jeito que se conhece de criar ainda mais inflação, um tiro pela culatra. E, bem, com esse cenário fica difícil antever um cenário positivo para o Ibovespa – já são três quedas consecutivas. Viramos, no fim, o espelho invertido de Wall Street. A exceção aqui é a alta, não a queda. Boa quinta. | | | | | | | | O dia começou com tendência de... alta • Futuros S&P 500: 0,28% • Futuros Nasdaq: 0,49% • Futuros Dow: 0,14% *às 7h40 | | | | | | | | | • Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,25% • Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,20% • Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,14% • Bolsa de Paris (CAC): 0,27% *às 7h30 | | | | | | | | • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,99% • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,30% • Hong Kong (Hang Seng): -1,29% | | | | | | | | • Brent: -0,21%, a US$ 80,11 *às 7h30 | | | | | | | | 09h30 O Ministério do Trabalho dos EUA divulga o número de pedidos de seguro-desemprego da semana passada. | | | | | | | | | Inferno astral A semana está sendo difícil para a Eletrobras. Na terça, as ações da empresa caíram 3% após informar que a sua privatização subiu no telhado – pelo menos por um tempo. O Ministério Público de Contas liberou o parecer sobre a privatização aprovada em julho no Congresso e agora o processo está sob responsabilidade do relator, o ministro do TCU Aroldo Cedraz. O problema é que ele não deve liberar o processo até 8 de dezembro, último dia útil do tribunal, que entra de férias e volta só no final de janeiro. E o atraso é visto como uma retaliação do TCU ao governo por ter sido atropelado nas negociações do 5G. O presidente da companhia, Rodrigo Limp, afirmou que, mesmo que a privatização atrase de fato, ela deve acontecer até meados de junho. Para piorar a situação, ontem, a companhia afundou mais de 6% após a divulgação do balanço do terceiro trimestre: os lucros da companhia caíram 65,7%, totalizando R$ 965 milhões. Queda livre As ações da Stone despencaram mais de 33% na Nasdaq após a empresa reportar queda de 53,9% nos lucros do terceiro trimestre. Entre julho e setembro, a companhia de meios de pagamentos lucrou R$ 132,7 milhões. Até teve alguns números bons: a receita saltou 57%, para R$ 1,47 bilhão. Mas com a queda no lucro, a margem recuou 9%. Os resultados foram afetados pelo aumento nos custos operacionais e despesas financeiras influenciadas pela alta nos juros. | | | | | | | | Covid-19 Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, ligou para João Dória (governador de São Paulo) para convencê-lo a adiar o início da vacinação contra a Covid-19. Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Eduardo afirma que o contato foi um pedido do general Luiz Eduardo Ramos – na época, ele era secretário de Governo, hoje é secretário-geral da Presidência. "Talvez tivesse sido positivo ao país que se fizesse um esforço de coordenação e engajamento, já que era uma questão nacional", disse. Leia o texto completo aqui. Pós-pandemia O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, afirmou durante o Bloomberg New Economy Forum que os mercados devem enfrentar tempos difíceis enquanto a economia global se recupera da pandemia. "Quando penso sobre minha carreira, houve períodos em que a ganância superou o medo. Estamos em um desses períodos. Minha experiência diz que esses períodos não duram muito". Leia a entrevista completa aqui. | | | | | | | | | | | Este e-mail foi enviado para você pela VOCÊ S/A. Para garantir o recebimento correto em sua caixa de entrada, por favor adicione o nosso e-mail, revistavocesa@abrilinterativo.com.br, ao seu catálogo de endereços. | | | | |
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