Num momento em que o Brasil acaba de atravessar o pior mês de toda a pandemia de covid-19 — quando foram registradas mais de 66 mil mortes em decorrência da doença, o dobro de julho do ano passado, considerado o pico da primeira onda — o Instituto Butantan acompanha o registro de uma suposta nova variante do coronavírus em Sorocaba, no interior paulista. O caso, até então único, foi confirmado pelo governo paulista ontem e ainda precisa ser estudado. A avaliação, por enquanto, é de que a descoberta preocupa, mas ainda não representa um perigo alarmante. A reportagem, de Lucas Borges Teixeira, foi publicada hoje no UOL. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, a variante é semelhante à sul-africana (E484K), mas, como a pessoa contaminada não viajou nem teve contato direto com nenhuma pessoa que tenha estado no país, "existe a possibilidade de que seja já uma evolução das nossas P1 [de Manaus] em direção a essa nova mutação da África do Sul". A paciente está isolada e ainda não há registro de outros casos. Assim que houver mais informações sobre a variante — caso seja confirmada como uma nova variante —, afirma, haverá também testes com a CoronaVac, produzida em parceria com a chinesa Sinovac, e a ButanVac, imunizante do instituto anunciado na semana passada. Além de ver a incidência [da variante], é crucial entender se esta evolução pode ser ainda mais transmissível do que a P1. É isso que causa certa preocupação, que precisamos acompanhar. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
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