O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje no UOL Entrevista que a população do estado "será vacinada até o fim do ano". A conversa foi conduzida pelo colunista do UOL Kennedy Alencar. "Vamos seguir o plano nacional de imunização. Onde o plano nacional não atuar, o plano estadual vai", afirmou Doria. São Paulo está imunizando a população com doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, e com a vacina de Oxford/AstraZeneca. Sobre o risco de faltarem doses para a segunda aplicação das vacinas, Doria afirmou que o estado não enfrentará esse problema. "Aqui não há risco." Para o governador de São Paulo, o Butantan está "sustentando" a vacinação até agora no país e é preciso investir na aquisição de mais vacinas. "O governo federal errou, e errou feio, ao escolher uma vacina. Hoje, o que sustenta o programa nacional é a vacina do Butantan, que chegou a ser proibida pelo presidente Jair Bolsonaro", disse. Perguntado se é favorável à abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro, Doria evitou responder. Em diversas ocasiões, disse se tratar de uma questão cuja análise cabe ao Congresso. Mas se disse arrependido por ter apoiado publicamente a candidatura de Bolsonaro para as eleições presidenciais de 2018. "Não tenho compromisso com o erro. Foi um enorme erro, meu e de milhares de brasileiros. Nós temos um governo que de liberal só tem o discurso. É uma tristeza para o Brasil", afirmou. Um dos primeiros governadores a decretar quarentena, em março de 2020, Doria declarou que recebe "ameaças" desde então. Disse, no entanto, que não tem medo. "Mortos não consomem, não vão a restaurantes, não fazem compras. Nós precisamos preservar a vida."
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