No primeiro semestre, sob o impacto das informações iniciais sobre a pandemia de coronavírus, os canais de TV reagiram com dignidade às dificuldades. Produções foram suspensas, muitas reprises entraram no ar e houve um investimento em jornalismo. Com mais gente em casa, houve um aumento do número de aparelhos ligados e as emissoras comemoraram crescimento de audiência mesmo sem programação nova para exibir. Os efeitos da longa quarentena estão sendo sentidos mais fortemente neste segundo semestre. Com exceção da "Fazenda 12", que capturou o desejo por programação ao vivo, as novidades oferecidas ao público têm sido pouco empolgantes. Observei, até, que a Globo deve ter se arrependido de não ter feito uma nova temporada do "BBB" nesta época do ano. É notável, por exemplo, que o tradicional "The Voice" tenha perdido, pela primeira vez em nove temporadas, a liderança no Ibope justamente para o reality show da Record. Outras estreias neste período também decepcionaram em matéria de conteúdo e audiência. O SBT lançou um programa de esportes, "Arena SBT", com cheiro de naftalina. A Band promoveu a estreia de o "Melhor Agora", uma atração comandada por Mariana Godoy, mas sem maior interesse e identidade. A RedeTV! mexeu na grade matinal, com as estreias de "Vou te Contar", com Claudete Troiano, e "Opinião no Ar", comandado por Luis Ernesto Lacombe, mas ambas as atrações têm patinado abaixo de um ponto de audiência. A Globo estreou "Simples Assim", sob o comando de Angélica, gravado antes da pandemia, com uma pauta sem atualidade. A Record lançou "Guerra dos Clones", com Sabrina Sato, um reality de namoro, num formato engessado. Ajudado pela "Fazenda", o programa foi bem de audiência. Enfim, resta torcer para a pandemia arrefecer e as emissoras voltarem a investir.
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