Links do mês #113 e a playlist de Spotify que também era um currículoComo um candidato chamou nossa atenção fugindo de padrões pré-estabelecidos.“Muitas vezes, os padrões do meio que escolhemos são tão onipresentes que os consideramos inevitáveis. São invisíveis e inquestionáveis. Isso torna quase impossível pensar fora do paradigma-padrão. Visite um museu de arte. A maioria dos quadros que você verá será uma tela esticada sobre uma armação retangular de madeira, seja A morte de Sócrates, de Jacques-Louis David, ou as pinturas de Hilma af Klint. O conteúdo varia ainda que o material seja o mesmo. Há um padrão geralmente aceito. Se você quiser pintar, é provável que comece esticando a tela sobre uma armação retangular de madeira em cima de um cavalete. Com base apenas nas ferramentas escolhidas, você já reduziu exponencialmente o que é possível antes que uma única gota de tinta faça contato com a tela.” Tive que trazer mais uma vez um trecho do livro O Ato Criativo, de Rick Rubin, pois não tenho culpa que ele seja tão bom. É um livro que conversa especialmente com artistas ao mesmo tempo que seus insights podem ser expandidos para outras áreas. É o caso do parágrafo acima.
Seja para pensar um modelo de feedback, para facilitar uma entrevista de emprego, para apresentar um projeto para um cliente, para gerar conteúdo para redes sociais, para ministrar uma aula, para elaborar um planejamento de comunicação, para começar uma newsletter, para criar uma campanha publicitária, para escrever o seu currículo: quando começamos algo replicando um modelo que já foi usado, estamos limitando nossos resultados e a possibilidade de estarmos fazendo algo novo, ousado, inovador, que chame a atenção das pessoas. Claro, quando não temos experiência com aquilo que vamos fazer, usar como base algo que já foi feito nos ajuda a avançar. E isso é extremamente útil principalmente no início da nossa carreira. Mas, à medida que evoluímos e queremos nos tornar profissionais de destaque, só agir dessa forma não nos ajuda. Certa vez, nós abrimos um processo seletivo na Shoot. Dezenas de currículos chegaram no meu email, a maioria um arquivo de Word anexado. Já um candidato criou uma playlist no Spotify onde os títulos das músicas formavam um texto que explicava porque deveria ser contratado. Nada de folha em branco com fonte preta, nada de entrega dentro de um modelo padrão. Um currículo formado por músicas que ele buscou para escrever o que queria dizer. Genial demais. Mostrou que era diferenciado antes mesmo de fazermos uma entrevista. Querem inovar? Então esqueçam da armação retangular de madeira em cima de um cavalete. Comecem seus processos sem padrões pré-estabelecidos. Comecem pensando primeiro no que vocês querem causar, e somente depois busquem o formato certo para seu objetivo. Do contrário, chance alta de sermos apenas mais um quadro na parede. Espero que gostem dos links:
Gente já é setembroooooooo Oie. Meu nome é Luciano Braga. Sou realizador de diversos projetos criativos nas áreas da comunicação, comédia, ficção e impacto social. Boto minha energia em iniciativas que desafiam minha criatividade, que empoderam pessoas e que deixam um legado positivo no mundo. Quer me conhecer? Vem no meu Instagram. |
domingo, 31 de agosto de 2025
Links do mês #113 e a playlist de Spotify que também era um currículo
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