Bom dia!
Há uma semana, 85% das apostas indicavam que o Fed cortaria os juros americanos em setembro. Nesta sexta, a maioria ainda vê o início do ciclo de cortes no próximo mês, mas com menos folga: 69% das apostas colhidas pela ferramenta Fed Watch mostram queda nas taxas.
Houve mais mudanças nas previsões. Logo após a divulgação de dados fracos de emprego nos EUA, investidores passaram a projetar três quedas de juros, uma para cada reunião do Fed ainda neste ano. Agora, o consenso fala em uma pausa em outubro.
Foram dois motivos para a mudança de cenário. Na quarta, o Fed divulgou a ata da última reunião, na qual mostrou que, apesar da divergência sobre começar ou não o ciclo de afrouxamento monetário, a maioria dos dirigentes ainda está mais preocupada com um possível repique da inflação do que um aumento no desemprego.
Aí na quinta Beth Hammack, presidente do Fed de Cleveland, disse que os dados econômicos não apontam sequer razões para o corte previsto para setembro. Ela participa das reuniões do comitê, mas não vota.
O resultado final disso é que, por enquanto, investidores estimam que a Selic dos EUA terminará 2025 entre 3,75% e 4%, ante os atuais 4,25% e 4,5%. Não se trata de uma maioria: 46% das apostas apontam para a queda de 0,50 ponto percentual.
De qualquer forma, a prova dos nove chega logo mais às 11h, quando o presidente do Fed, Jerome Powell, fará o seu discurso no simpósio de Jackson Hole. O pronunciamento é considerado o mais importante do ano.
O rumo das bolsas nesta sexta depende, portanto, do que Powell tem a dizer. Por ora, os futuros americanos avançam, e as bolsas europeias seguem a mesma tendência positiva.
O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, acompanha o otimismo. A agenda doméstica não tem indicadores ou eventos importantes. A Faria Lima agradece o dia dedicado ao mercado internacional. Bons negócios.
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