Olá, investidor. As bolsas internacionais operavam em direções distintas na manhã desta sexta-feira (19). Os índices de ações asiáticos fecharam com viés mais positivo, tendo como destaque o Japão diante de um novo pacote de estímulos do governo japonês no valor recorde de US$ 488 bilhões. Interessante comentar que a inflação naquele país está em (pasmem) 0,1% no acumulado de 12 meses. Na Europa, os mercados operavam no negativo, sob receios com restrições de circulação impostas para controlar novas ondas de covid-19. Além disso, números muito acima do consenso da inflação ao produtor na Alemanha ampliam o mau humor dos investidores. Do lado mais positivo, dados fortes da economia britânica mostram continuidade de sinais saudáveis, corroborando a possível transição para uma política monetária um pouco mais restritiva por parte do BoE (Bank of England, o banco central do Reino Unido). Nos Estados Unidos, o front político volta a ganhar força com alguns temas importantes no radar: teto da dívida, um debate que em outubro foi prorrogado para mais negociações até o início de dezembro; o pacote de benefícios sociais proposto pelos Democratas, totalizando US$ 1,8 trilhão, que deve ser votado nesta sexta-feira; e quem será o próximo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA)? Ficaremos de olho. E por aqui, o que esperar? O Ibovespa sofreu na quinta-feira (18) sua quarta queda consecutiva, negociando abaixo dos 103 mil pontos, renovando mínimas para o ano. O motivo? Eu sei que pareço um disco riscado, mas é o que temos comentado aqui dia após dia: incertezas envolvendo o cenário fiscal para 2022 e 2023. Boa parte dessa incerteza passa por qual será o desenho da PEC dos Precatórios, que poderá ser aprovada (ou não) no Senado. Surgem notícias apontando para uma nova possibilidade de fatiamento da PEC, quebrando as votações em temas importantes, o que agilizaria a aprovação do Auxílio Brasil e deixaria outros temas para serem abordados depois. Veremos. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): novidades da JBS e da Petrobras. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante
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