Olá, investidor. As bolsas internacionais operavam perto da estabilidade, exibindo fracas variações na manhã desta quarta-feira (17), com alguns destaques negativos provenientes do Reino Unido e do Japão, levando a um viés mais negativo. No Reino Unido, números de inflação superaram em muito o consenso dos agentes de mercado, indicando que uma política monetária mais restritiva, possivelmente com aumento da taxa básica de juros, deve ter início na próxima reunião do BoE (Bank of England, o banco central britânico) que acontece em dezembro. A União Europeia também reportou dados do nível geral de preços, mas vieram em linha com as expectativas - ao contrário do Reino Unido. Também em foco, saíram na terça-feira (16) indicadores relevantes para a economia americana, sinalizando continuidade de franca expansão. Após a divulgação dos números, um integrante do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), James Bullard, deu entrevista dizendo que pode ter chegado o momento de o BC dos Estados Unidos acelerar o passo na redução de suas recompras de títulos e cogitou dois aumentos de juros já em 2022. Mesmo com os dados positivos, ainda enxergo algumas dúvidas sobre a saúde da economia americana em 2022, principalmente por algumas leituras de confiança dos consumidores, que está em nível muito baixo e pode apontar para alguma dificuldade nessa recuperação. E por aqui, o que esperar? Acompanhamos a divulgação do IBC-Br, indicador de atividade publicado pelo Banco Central, que revelou que a economia brasileira desacelerou em setembro. A partir dos números, houve uma ligeira contração de 0,14% no terceiro trimestre. Assim, podemos esperar que os dados do PIB do Brasil para o período, que serão conhecidos no começo de dezembro, apontem para a mesma direção. O desaquecimento da economia deve resultar em um crescimento um pouco abaixo de 5% em 2021, frustrando previsões mais otimistas. Além do cenário econômico menos positivo, as notícias envolvendo a dificuldade de tramitação da PEC dos Precatórios no Senado, incluindo a vontade do governo em utilizar o espaço fiscal da mudança no teto de gastos para promover um reajuste aos servidores - além do pagamento do Auxílio Brasil -, pressionaram a Bolsa na terça-feira. Como já comentamos por aqui, a melhora de humor dos investidores refletiu a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara, porém um cenário de dificuldades no Senado - ou novas benesses promovidas pelo Executivo ou Legislativo - poderia trazer de volta à tona as dúvidas sobre as contas públicas, provocando imediata mudança de postura dos agentes. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): resultados trimestrais da Sinqia e do Walmart. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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