Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. 90% dos brasileiros que investem em fundos de investimento imobiliário (FIIs) atualmente entraram nesse negócio justo no momento em que os juros no país estavam em queda. Desde 2017, o número de cotistas desse tipo de aplicação na Bolsa B3 foi multiplicado por 12, saltando de 121 mil para 1,5 milhão. Ao mesmo tempo, a taxa básica de juros no Brasil, no mesmo período, cedeu de 14% para 2%, enquanto a inflação oficial do governo medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) recuou, dos 10% para perto de 2% até o fim do ano passado. O problema agora é que a situação mudou. A inflação está nos maiores patamares desde 2015 e, para retomar o controle sobre os preços, o Banco Central começou a subir a taxa básica de juros Selic. De 2% essa taxa já subiu a 7,75% e deve seguir em elevação até bater 11% ano que vem, segundo projeções de mercado. Será então que os fundos imobiliários deixaram de ser vantajosos? Veja abaixo o que dizem especialistas ouvidos pelo UOL. Fundo Imobiliário perde da renda fixa?Hoje, na média, os fundos imobiliários estão dando aos investidores um dividend yield (rendimento do cotista do fundo) médio de 9% ao ano. Portanto, ainda acima da Selic, de 7,25%. Mas como o mercado projeta uma Selic de 11% ano que vem, tem investidor de fundo imobiliário temendo ficar para trás. Neste ano, o Ifix, índice de ações das cotas dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa B3, acumula baixa de 6%. Quais fundos sofrem maisNesse mercado, os fundos imobiliários de tijolos - que compram participação em imóveis já construídos e prontos - estão sofrendo mais que os fundos imobiliários de papel, aqueles que investem em títulos como os CRIs, que financiam projetos imobiliários. Os fundos de papel aplicam em títulos que acompanham a inflação, seguindo o IPCA ou o IGP-M, ou os juros, atrelados à taxa Selic. Por isso, esses fundos estão agora pagando um retorno anual na casa de 11%, contra uma média de 6% nos fundos de tijolos. Veja aqui em detalhes por que fundos imobiliários que investem em papel estão se saindo melhor que os fundos de tijolos. Profissionais de mercado ouvidos pelo UOL admitem que os fundos imobiliários estão enfrentando concorrência mais dura da renda fixa, mas afirmam que essa categoria de aplicação ainda vale a pena, desde que o aplicador considere algumas condições: - Investir com foco no longo prazo
- Comparar com a inflação
- Checar o valor patrimonial
Veja aqui o que fazer com seus fundos imobiliáiros se você entrou neles olhando longo ou curto prazo. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ela pode ser respondida no programa semanal Papo com Especialista, para assinantes do UOL. Assista ao vivo, quinzenalmente, às quintas-feiras, às 15h, ou reveja os programas transmitidos.
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