Romantizaram o órgão errado, e você precisa saber a verdade  | Dra. Denise Carvalho , Médica e Cirurgiã |
Olá leitor, olá leitora, Meu assunto hoje é a sexualidade. Já começo pedindo para que você esqueça o coração e o cérebro. Quando o assunto são emoções, libido e despertar do desejo — dentro e fora do quarto — afirmo com certeza: Romantizaram o órgão errado. Porque, se existe uma parte do corpo que é mandante do seu apetite sexual, te digo, é o intestino. É lá que você encontrará as respostas para voltar a ter vontades e satisfação. Compreendi em minhas pesquisas que o tal ponto G, tão falado como o gatilho do prazer, pode estar mesmo nesse órgão tão negligenciado pelos meus colegas médicos. Isso porque as evidências mostram que é lá, no lugar só lembrado para a digestão, que estão as matérias-primas para "construir" os nossos hormônios de bem-estar e alegria, como a serotonina e a dopamina. Então, é bem provável que, caso você se sinta para baixo, sem ânimo, com dificuldade de lubrificação e ereção, a raiz do problema esteja mesmo no emaranhado de alças intestinais. E hoje é o dia de você começar a olhar melhor para ele e saber como cuidar direitinho do guardião da sua saúde. | | ANÚNCIO
Para Homens 50+ que querem a POTÊNCIA DOS 32 ANOS | |  Olá, aqui é o Dr. Carlos Schlischka e tenho um recado importante só para os leitores homens. Sim, é totalmente possível resgatar a potência, a firmeza sexual e a virilidade do seu auge. Tudo isso graças ao SISTEMA REC – um novo método capaz de tirar anos de envelhecimento do corpo masculino... em até 90 dias. Eu explico todos os detalhes na Semana O Resgate da Masculinidade (e se você ainda não assistiu, CLIQUE AQUI para ver todos os episódios antes que eles saiam do ar.) | | |
Os assassinos da libido Primeiro, vamos a um panorama. A total inoperância, desconhecimento e negligência com que a medicina tradicional olha para a nossa vida sexual é um disparate. No Brasil, algumas classes de remédios são potenciais assassinas da sua libido, receitadas sem nenhuma reflexão sobre os efeitos colaterais que podem desencadear. A questão é que, com os avanços dos estudos e da avaliação clínica de mulheres e homens que tomaram os fármacos, esses mesmos remédios revelaram-se comprovadamente influentes na epidemia de falta de desejo que vivemos. Seriam muitos os exemplos, mas vou focar em 3 medicamentos principais: finasterida, antidepressivos e estatinas. 1) Finasterida (usado para próstata e calvície). Existem mais de 2.000 estudos sobre os efeitos nocivos dela. Porém, este, publicado em 2012 no Journal of Sexual Medicine é um dos mais alarmantes. Nele, foi relatado que 20% dos participantes que usavam finasterida tinham disfunções sexuais. Segundo os pesquisadores, os danos para a vida sexual dos pacientes podem ser permanentes. Mas o que diz a bula?, você deve estar se perguntando. A bula até alerta sobre os impactos sexuais e diz que eles acometem apenas 1,8% dos homens que utilizam o medicamento. No entanto, o risco de ter o seu desejo afetado é 20 vezes maior do que o reconhecido pelo fabricante. Pois é… E não é somente seu desejo que está em risco. Esse medicamento está associado ao aumento do tamanho das mamas, dor nos testículos e dificuldade para urinar. Cilada, não? 2) Antidepressivos Além da finasterida, os remédios para depressão também são problemáticos quando o foco está na vida sexual. Segundo Ash Nadkarni, psiquiatra associado do Brigham and Women's Hospital, os antidepressivos podem afetar a libido de até 73% dos pacientes. 3) Estatina E, para finalizar o ranking de destruidores da libido, falo da estatina, vedete farmacêutica para controlar o colesterol. Um estudo publicado pela Diabetes Care, revista da Associação Americana de Diabetes, comparou 355 homens com diabetes tipo 2, parte deles tomava estatinas; e parte, não. Os homens que tomavam estatinas tinham 11,1% menos testosterona total do que aqueles que não tomavam nada. E, com menos testosterona, menos libido. O restauro do prazer São muitos os desequilíbrios fisiológicos provocados por medicamentos (que devem ser usados sempre com cautela e avaliação médica). Mas é fato que todos eles afetam suas funções intestinais e produção hormonal. Isso se deve a dois motivos principais. O primeiro é que alteram a população de micro-organismos dentro dos intestinos, que são essenciais, como eu já disse, para formar as substâncias da felicidade e prazer. Segundo porque quase todos os químicos são metabolizados pelo fígado, espécie de caixa industrial de fabricantes dos hormônios sexuais, como exemplo, a testosterona. Com trabalho extra, o fígado não dá conta de priorizar os hormônios do seu prazer. Óbvio que OUTROS fatores TAMBÉM podem ter limado o apetite na cama. Falo de uma vida baseada em produtos ultraprocessados, estresse, alto uso de cosméticos e outros verdadeiros venenos contribuintes para acabar com o desejo. E todos eles acabam mandando a "fatura" para o intestino, que vai ficando cada vez mais incapaz de produzir substâncias para que você se sinta pronto e com disposição. Então, sim, para resgatar a sua vida sexual você precisa cuidar do seu intestino. Para o nosso deleite existem formas deliciosas de fazer isso. Prometo voltar a falar mais sobre esse assunto em nossos próximos encontros, mas para hoje partilho dois alimentos que podem ajudar a recuperar a qualidade da vida sexual, sem amarras e sem tabu. Soluções que podem estar muito perto. Aí, na sua mesa.  Sabe a máxima do apimentar a relação? É verdade. O consumo diário de pimenta, como tempero de carnes e saladas, ajuda e muito. Salpique um pouquinho em todas as suas refeições. Aproveite, também, para reduzir o uso de sal refinado, aquele branquinho, que só provoca inchaços e diminuição do apetite sexual. Conhece o óleo de coco? Então, para mulheres, ele pode ser o melhor lubrificante vaginal, sem risco de intoxicação, que ainda protege contra dores recorrentes durante o ato. Já para homens, o consumo de duas colheres de sopa por dia é uma forma de diminuir a resistência insulínica e melhorar a circulação, o que é um bom adianto para a ereção (mas tem que diminuir a cerveja e o consumo de açúcar, caso contrário nada feito). Vamos falar muito mais sobre isso.  | | ANÚNCIO
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Referências bibliográficas: - Estrogenic Flavonoids from Artemisia vulgaris L. Sang-Jun Lee, Ha-Yull Chung, Camelia G.-A. Maier, Angela R. Wood, Richard A. Dixon, and Tom J. Mabry. Journal of Agricultural and Food Chemistry 1998 46 (8), 3325-3329. DOI: 10.1021/jf9801264
- Gonzales GF, Córdova A, Vega K, et al. Effect of Lepidium meyenii (MACA) on sexual desire and its absent relationship with serum testosterone levels in adult healthy men. Andrologia. 2002;34(6):367-372. doi:10.1046/j.1439-0272.2002.00519.x
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