Amanhã, dia 29, é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. E, no último dia 19, foi comemorado o Dia do Orgulho Lésbico. Confuso? Talvez. Mas vamos aproveitar para celebrar em dobro. Primeiro, vamos às explicações: o Dia do Orgulho Lésbico marca a data de uma grande manifestação de mulheres lésbicas, conhecido como o "Stonewall brasileiro". Num 19 de agosto, mas lá em 1983, um grupo de militantes lésbicas e feministas ocupou o Ferro's Bar, em São Paulo, famoso point LGBT da época (apesar de essa expressão nem existir naqueles tempos). Os donos do boteco tinham proibido a venda de um panfleto feito por lésbicas, o Chana com Chana, por lá. E elas decidiram protestar. Com sucesso. Já o Dia da Visibilidade Lésbica vem da data em que aconteceu o primeiro Seminário Nacional de Lésbicas, em 1996, no Rio. Se essas datas denunciam a invisibilidade e os preconceitos encarados pelas mulheres lésbicas há tanto tempo, também apontam como a mobilização abre caminhos pra que esse cenário mude. Aqui, a gente mostra cinco agentes ou ações recentes que fazem parte dessa mudança. 1. Atrizes desfilando o amor. Nanda Costa, casada com a percussionista Lan Lanh, e o casal Marcella Rica e Vitória Strada foram algumas das famosas que correram às redes sociais para celebrar o seu amor no Dia do Orgulho Lésbico. "Orgulho purinho de te amar tanto assim", escreveu Marcella na legenda de uma foto em que aparece agarradinha com a companheira. 2. Comunidades. Nossas queridas parceiras do blog Mulherias mostram no post de hoje como é importante para meninas que se descobrem lésbicas —e muitas vezes se sentem solitárias nessa descoberta— fazer parte de um grupo que as acolhe e respeita. 3. Posições estratégicas na política. Kamala Harris, candidata a vice-presidente pelo Partido Democrata nos Estados Unidos, fez história não só ao ser escolhida a primeira negra a participar de uma chapa presidencial de um dos principais partidos do país, mas também ao eleger uma mulher negra e lésbica para chefiar sua equipe. Karine Jean-Pierre já deixou claro que, se Joe Biden e Kamala forem eleitos, ela pretende trabalhar para avançar pautas LGBTQ+ por lá. 4. Múltiplas vozes nas redes. Sendo você lésbica ou não, que tal ouvir o que essas mulheres têm a dizer? Nossa blogueira Ana Paula Xongani recomendou esses dias os posts da criadora de conteúdo Ana Claudino, dona do perfil Sapatão Amiga. E a Morango falou sobre visibilidade lésbica com as criadoras do Parachoque de Monstro, um podcast que põe a vivência delas em pauta. 5. Drible na censura. Na Nigéria, onde relações entre pessoas do mesmo sexo podem ser puníveis com até 14 anos de prisão, um filme que trata de amor lésbico, "Ifé", será lançado online para evitar a censura. "O papel do filme não é dizer isso é certo ou não. Acho que o papel do filme e de um cineasta é retratar a realidade como ela é", diz a produtora Pamela Adie. |
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