O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje o afastamento imediato de Wilson Witzel (PSC) do cargo de governador do Rio de Janeiro devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus. A decisão do ministro Benedito Gonçalves tem validade inicial de 180 dias. O vice-governador Cláudio Castro assume o cargo. Witzel também foi denunciado pela PGR (Procuradoria-geral da República), que diz que ele recebeu R$ 554 mil em propina. Investigadores ainda suspeitam que Witzel tenha usado servidores públicos para uma reforma particular em sua casa, o que seria crime de peculato. Em pronunciamento, Witzel se disse indignado com a determinação do STJ e citou um "possível uso político" do Ministério Público Federal. "Simplesmente mais um circo sendo realizado", afirmou. Ainda na tarde de hoje, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu retomar o andamento do processo de impeachment de Witzel. A decisão dele revogou decisão anterior do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que havia travado o rito durante o recesso do Judiciário. Toffoli tinha pedido que a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio) formasse uma nova comissão especial para o processo. Junto com o mandado expedido pelo STF estava também o pedido de prisão do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo. Ao todo, a Polícia Federal tem 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 10 temporárias, e 82 de busca e apreensão no âmbito da operação que foi batizada de "Tris in Idem" e é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. |
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