Olá, amigos e amigas! Como vão? A newsletter desta semana vem ao som de vuvuzelas e gritos de gol em bares lotados — mas também do barulho particular dos atos antidemocráticos que ainda persistem no país, como no bairro de Santana, em São Paulo. Além da nossa visita ao acampamento que tem tirado a paz dos vizinhos, acompanhamos também o jogo entre Brasil e Coreia do Sul com fãs de K-pop. E muito mais. Vem com a gente! 'Gritam muito!' Essa é a reclamação de uma moradora de Santana, bairro da zona norte paulistana, e ela não está falando do comércio movimentado da região, com vendedores aos gritos na frente das lojas. Desde o início de novembro, um grupo de pessoas se reúne em barracas de lona, fechando a faixa exclusiva dos ônibus e parte da calçada, para pedir intervenção militar e introduzir novos barulhos na paisagem sonora: seja com a oração do Pai-Nosso ou com gritos de "socorro". "Estamos nos sentindo na música 'Faroeste Caboclo'", revelou um dos entrevistados. Disparos no bar Na entrada, um Lula de papelão de pouco mais de 1,5 metro de altura recepciona os clientes, que não dispensam uma selfie com o político. Em Brasília, o Mimo Bar deixa clara a visão política de proprietários e frequentadores logo na porta, mas o badalado reduto esquerdista estampou as manchetes evocando mais uma vez a epopeia de Renato Russo: o bar sofreu um ataque a tiros numa madrugada. "Tentaram nos calar com os disparos, mas não conseguiram", disse uma das proprietárias, nos dias seguintes ao episódio. Entre o passinho e o K-pop No telão, Richarlison e Tite imitam o movimento de um pombo na comemoração do segundo gol contra a Coreia do Sul. Em outra tela na parede, os garotos do BTS fazem sua coreografia. Acompanhamos o jogo entre Brasil e Coreia do Sul com uma torcida k-popper em São Paulo. A plateia dividida dava gritinhos cada vez que a câmera fechava na imagem dos astros Son e Cho, mas também pulava freneticamente a cada gol brasileiro. Aproveite para ler também nossa experiência em assistir a um jogo da Copa com argentinos... em um aeroporto! Breviário amazônico Vivendo sempre na fronteira entre o campo e a selva, ele já foi de tudo: mateiro, extrativista, garimpeiro, serrador, posseiro, pecuarista, vendedor, tratorista e até detento. A vida de Marcelo Garcia parece um breviário do que aconteceu com a população migrante que foi atraída para a Amazônia pela doação de terras durante o Milagre Econômico (1968-1973). Agora, Garcia quer mesmo é lucrar com a floresta em pé. Grave mais Um advogado que gravava uma cena de violência contra um flanelinha acabou sendo levado para a delegacia e torturado. O caso, que logo ganhou os jornais e as redes sociais, levou à decisão inédita de uma polícia militar "aceitar" ter suas ações gravadas. A reportagem de Théo Mariano conta o que aconteceu no dia da agressão, e porque a decisão, que aparentemente é "chover no molhado" (afinal, a PM não pode proibir ninguém de gravá-la em ação — proibir algo assim é abuso de autoridade), foi considerada histórica para a Ordem dos Advogados do Brasil. Escreva menos Conversamos com o jornalista estadunidense Nicholas Johnston, publisher da Axios e convidado do 7º Festival Piauí de Jornalismo, que defende um jornalismo cada vez mais curto e direto. "É [sobre] ser eficiente. Se dissesse mais seria irônico", ele explica, de forma sucinta. Aqui a gente fala (um pouco) mais sobre essa tendência do jornalismo online. |
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