A renda fixa é considerada uma forma mais segura para conseguir boa rentabilidade e manter o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Inclusive, é uma boa recomendação para os iniciantes, já que a oscilação é bem menor do que os ativos da renda variável, como as ações de empresas na Bolsa de Valores. Mas como juntar R$ 100 mil em ativos como Tesouro Direto, CDBs e LCIs e LCAs? Para a sócia e assessora da One Investimentos, Amanda Notini, o ideal é fazer uma diversificação da carteira entre títulos prefixados (com taxa definida no momento da contratação), pós-fixados (atrelados a um indicador econômico) e os híbridos (em que há uma taxa definida e outra variável). Veja abaixo quanto tempo demora para juntar R$ 100 mil com só R$ 200 por mês. Qual o prazo para acumular R$ 100 mil? Segundo Amanda Notini, ao investir R$ 200 por mês sem nenhum aporte inicial, o investidor demoraria cerca de 16 anos para acumular R$ 108.135,85 com uma taxa de juros de 12% ao ano. No entanto, caso decida elevar esse aporte mensal para R$ 500, seria possível chegar lá em um prazo menor, de 10 anos. Assim, o investidor teria R$ 110.965,02. Esses valores são são corrigidos pela inflação. Ou seja, em 16 ou 10 anos esse valor terá um poder de compra menor do que tem hoje. Para corrigir esse valor pela inflação - e conseguir comprar as mesmas coisas no futuro que os R$ 100 mil compram hoje - é necessário atualizar anualmente seus investimentos. Se você investe R$ 200 por mês e a inflação de um ano foi 7%, no ano seguinte você deverá investir R$ 214 e, no próximo, R$ 228,98, e assim por diante. Como calcular quanto preciso investir? O simulador do Tesouro Direto pode dar uma base para fazer a melhor escolha. No site, é possível considerar quanto cada um pode investir por mês ou quanto deseja sacar ao final de um período determinado. Quais títulos são pré ou pós-fixados? No caso do prefixado, são exemplos os títulos do Tesouro Direto que pagam entre 11,90% a 12,10% ao ano atualmente. Quando o assunto são os pós-fixados, entram investimentos que levam em conta a Selic e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) - taxa cobrada na tomada de recursos entre instituições financeiras. Por fim, despontam do lado dos pós-fixados opções como IPCA+, que oferecem a remuneração pela taxa da inflação mais um percentual definido. A sócia da One Investimentos diz que, como a inflação esteve em alta no ano passado, encerrando 2021 em 10,06% ao ano, os títulos atrelados ao IPCA tiveram resultados melhores do que aqueles que seguem o CDI. Atualmente, porém, o cenário de deflação gerou uma situação em que os investimentos pelo IPCA+ têm uma rentabilidade pior do que os atrelados ao CDI. CDBs são uma boa? Quem pensa em investir em ativos que seguem CDI pode apostar nos CDBs (Certificados de Depósito Bancário). O CDB é uma espécie de empréstimo que o investidor concede às instituições financeiras em troca de ganho com juros. A sua remuneração leva em conta o CDI, que normalmente gira em torno de 0,10 ponto porcentual abaixo da taxa básica de juros, a Selic. Com a Selic em 13,75% ao ano, o CDI está em 13,65% ao ano. O que são LCIs e LCAs? Além dos títulos públicos, muita gente que tem preferência pela renda fixa acaba escolhendo as LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio). Aqui, o investidor concede uma espécie de empréstimo para financiar os setores imobiliário e agrícola, com a promessa de receber juros no futuro. O grande diferencial das LCIs e LCAs é que elas são isentas de Imposto de Renda. Para se ter ideia, os títulos do Tesouro Direto têm tributações entre 15% a 22,5%, dependendo do prazo que a aplicação permanecer investida. Como uma dica para fazer a melhor escolha entre títulos com ou sem IR, Amanda Notini, da One Investimentos, diz que a pessoa precisa descontar a fatia do Imposto de Renda do investimento do título que possui a obrigação do IR, sem esquecer da tabela regressiva. Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Investimentos. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. |
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