Você está recebendo esta newsletter na véspera de Natal e, amanhã, dia 25, muitas famílias poderão acompanhar o lançamento do telescópio espacial James Webb, desenvolvido pela Nasa, agência espacial dos Estados Unidos. Pode ser que para você isso não signifique muita coisa, mas para os astrônomos do mundo todo esse é um dos maiores presentes que eles poderiam receber (se as condições meteorológicas ajudarem). Aliás, dá uma olhada no especial que Tilt preparou sobre o tema. O que rolou O James Webb, o sucessor do telescópio Hubble, tem um custo estimado em US$ 10 bilhões. Ele será um dos observatórios mais avançados do mundo. Segundo o colunista Thiago Gonçalves, a expectativa é mesmo gigantesca, já que o telescópio promete simplesmente revolucionar nosso entendimento sobre o Universo. Para se ter uma ideia, o James Webb tem um espelho de 6,5 metros de diâmetro, muito maior do que os 2,5 metros do Hubble. Por causa desse tamanho todo, o telescópio foi dobrado para caber no foguete. E é aí que está um dos grandes riscos. O desdobramento será feito no espaço. Vale lembrar que ainda devemos esperar vários meses para receber qualquer imagem astronômica após o lançamento. O telescópio leva várias semanas para atingir sua órbita, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, e mais um bom tempo depois disso para realizar todos os testes necessários antes de começar a produzir resultados científicos. Também devido à distância, os riscos são maiores. Ao contrário do Hubble, a "meros" 500 quilômetros de altitude, se algo acontecer com o James Webb podemos dar adeus ao telescópio. Não há como enviar missões de serviço para realizar reparos. Por que isso é importante Uma vez superados os obstáculos, no entanto, o futuro é promissor. O James Webb está projetado para observar a radiação infravermelha no Universo. Isso é fundamental para o sucesso da missão: seja para observar as galáxias mais distantes, cuja luz é "avermelhada" pela expansão do Universo, seja para investigar os ambientes de formação de planetas ao redor de outras estrelas. O lançamento do telescópio já foi adiado algumas vezes. Por isso, a expectativa é alta para que o clima ajude dessa vez. O dia 25 de dezembro de 2021 poderá ficar marcado na história da ciência como o início de um novo ciclo na observação do espaço. Se puder, fique de olho! |
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