Olá, investidor. Os mercados internacionais operavam em alta na manhã desta quarta-feira (29), após uma aparente reavaliação da atual conjuntura ter interrompido o rali de fim de ano nas Bolsas de Nova York na véspera. Os investidores americanos parecem ter deixado a euforia de lado diante do cenário desafiador que se desenha para o próximo ano, com o início da alta dos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no radar. A perspectiva de juros mais altos em 2022 incentiva uma migração de capital das chamadas ações de crescimento, como empresas de tecnologia, para os setores mais tradicionais e consolidados da economia, vistos como opções de investimento mais defensivas. A disseminação da variante ômicron do coronavírus nos EUA também preocupa investidores. Por outro lado, alguns cientistas acreditam que a nova cepa possa estar tomando o posto de variante dominante, o que pode ser uma notícia positiva para a economia, tendo em vista que a ômicron tende a provocar sintomas mais leves do que as demais, apesar de ser aparentemente mais transmissível. Na Europa, os mercados do Reino Unido reabriram em alta, após terem passado os dois últimos dias fechados em virtude do feriado prolongado de Natal. O tom é majoritariamente positivo no continente, e o índice europeu de ações Stoxx 600 avança. Na Ásia, a preocupação com a ômicron e as tensões entre a China e os Estados Unidos fizeram com que os mercados fechassem majoritariamente em queda. E por aqui, o que esperar?Por aqui, investidores monitoram o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de dezembro, também conhecido como o índice de inflação do aluguel, em busca de pistas sobre a trajetória da alta de preços em 2022. O indicador teve alta de 17,78% no ano. Seguem no radar os protestos contra a decisão do governo federal de sancionar um reajuste salarial exclusivamente para a Polícia Federal. O tema ameaça trazer ainda mais instabilidade ao mercado no começo do próximo ano, contribuindo para a deterioração das perspectivas fiscais. No pregão de hoje, merecem atenção as empresas de mineração e siderurgia, que têm sofrido perdas com as quedas do preço do minério de ferro na China. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): Vale vai aumentar produção de níquel para baterias de carros elétricos, e Positivo vence licitação para fazer urnas eletrônicas. O que isso muda nas ações das empresas? Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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