Olá, investidor. Como vai? As bolsas internacionais operavam sem rumo único na manhã desta quinta-feira (28), sob maior cautela dos investidores diante de decisões de política monetária, receios de demora para reestabelecimento de cadeias produtivas e dados de crescimento nos Estados Unidos e inflação na Europa. O banco central do Canadá anunciou o fim do seu programa de compra de ativos, indicando que deve começar o aumento de suas taxas de juros em 2022. Já o BC do Japão manteve o plano de estímulos e juros reduzidos. O Banco Central Europeu provavelmente não modificará sua política monetária, porém deve chamar a atenção para as pressões inflacionárias que pairam sobre o Velho Continente. Além disso, investidores monitoram o PIB preliminar da economia americana para o terceiro trimestre. Uma desaceleração mais forte do que esperada poderia levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a abortar o início da redução de recompra de títulos? Vamos acompanhar os números e as reações de integrantes da autoridade monetária. É importante lembrar que na próxima quarta-feira (3) teremos a decisão de política monetária por lá. E por aqui, o que esperar? No Brasil houve a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira (27). Mesmo sem muita clareza, o 1,50 ponto percentual de alta na Selic era esperado, com a taxa básica de juros da economia agora em 7,75% ao ano. Além disso, o BC contratou mais 1,50 ponto de alta para a próxima reunião, o que levará os juros para 9,25% ao fim de 2021. Por ora, o Copom trabalha com Selic fechando em 9,75% em 2022. A situação me parece bastante desconfortável para o BC, com o mercado pressionando por mais elevações, enquanto a situação econômica tende a piorar no ano que vem. Isso será suficiente para aliviar as pressões inflacionárias? Ainda não sabemos. A resiliência que a inflação tem mostrado no ano indica que não. Então podemos trabalhar com um juro em patamar mais elevado pelo menos durante todo o ano de 2022. A decisão anterior de trabalhar com juros extremamente baixos e a demora na mudança de direção estão cobrando seu preço. No âmbito político, as dificuldades do governo em formar maioria constitucional para a aprovação da PEC dos Precatórios também são responsáveis por certo receio do mercado. Sem isso, qual será a saída adotada? Ou o preço para a aprovação será mais elevado do que as próprias medidas discutidas? As incertezas sobre a decisão do Copom e a dificuldade do governo em avançar com a votação da PEC dos Precatórios na Câmara pesaram sobre o Ibovespa, que fechou estável na quarta-feira, com ligeira queda de 0,05% aos 106.363 pontos, após operar em alta durante boa parte do dia. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): resultados trimestrais da Weg e da Gerdau. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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