O Banco Central elevou os juros de 6,25% ao ano para 7,75%. O aumento de 1,5 ponto percentual foi o maior desde dezembro de 2002. O BC sinalizou que haverá aumento igual em dezembro. Os juros fecharão o ano em 9,25%, numa escalada que elevará a taxa para os dois dígitos no início do ano eleitoral de 2022. Na análise do colunista Josias de Souza, esse aumento da taxa de juros tem implicações políticas e dificulta o plano do presidente Bolsonaro de se reeleger. Sem a ajuda de Paulo Guedes, Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, passou a carregar sozinho o piano do controle da carestia. Às voltas com uma inflação que roda acima dos 10 pontos no acumulado de 12 meses, o BC precisa aproximar esse índice da meta anual de 3,75%. "Quanto mais eficiente for a política de contração monetária maior será o risco de recessão em 2022", afirmou Josias. Segundo o colunista, como não há popularidade sem prosperidade, Bolsonaro terá de aperfeiçoar sua mágica política para obter a reeleição. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário.
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