Olá, leitores! É com essa frase clássica de para-choque de caminhão que abrimos mais uma semana cheia de histórias, como a da arte da filetagem, com frases que estão sumindo das traseiras de carretas e veículos pesados. Nesse vaivém, continuamos de olho no presente, mas também no retrovisor para aprender com o passado: seja com o levante lésbico que aconteceu em um bar em São Paulo em 1983 ou com os desafios de quando o Brasil enfrentou uma epidemia que se espalhava por gotículas, secreções e desinformação — e não estamos falando da covid-19. Quer saber mais? Suba aí com a gente! História de uma outra epidemia Com um recém-nascido em casa, o metalúrgico Marcelino Carletti Filho não se esquece de quando viu sua filha isolada no hospital — muito menos a imagem de crianças mortas embaladas em lençóis. Pode parecer cena da pandemia que nos assola, mas isso aconteceu em 1974, quando o país mergulhou na epidemia da meningite, no auge da ditadura. Voltamos no tempo aqui! Não me siga, estou perdido Trechos da Bíblia, frases engraçadas, ditos motivacionais. A filetagem em caminhões povoa nosso imaginário, mas já não corre as estradas como antigamente. As novas regras de trânsito ajudaram a amordaçar os típicos recados espirituosos — e poucos ainda se dedicam a arte de pincelar veículos. A rainha da noite Muito antes da febre Santa Ceciler, Lilian Gonçalves imaginava o bairro de São Paulo como o império do entretenimento. Famosa por seus bares e salas de videokê, durante anos, ela realmente reinou na rua Canuto do Val — mas os tempos passaram e a pandemia passou baixando de vez as portas. "O que você tem na sua frente é uma empresária desesperada", disse, sem perder a majestade e os planos da retomada. Stonewall lésbico 19 de agosto: Dia do Orgulho Lésbico. Uma data nada aleatória. Foi neste dia, em 1983, que a ativista Rosely Roth, liderando um grupo de mulheres, invadiu o Ferro's Bar, em São Paulo. O pivô foi a proibição do jornal "Chana com Chana" no estabelecimento. Lembra alguma coisa? O episódio é visto como o "Stonewall brasileiro" para muitas da comunidade. Recontamos essa história com as únicas fotos do ato. Milagre do Imorrível Di Melo conhece a fundo o balanço brasileiro dos anos 1970 — e mais ainda sobre a arte de não morrer. O mestre do samba-rock passou pelo ostracismo, foi dado como morto nos anos 1990, mas mostra hoje, aos 72 anos, os macetes do "milagre da ressurreição": "Estamos aí, jacaré que não batalha vira bolsa de madame ou boot de burguês. Estamos fazendo tudo, do nada." Leia aqui! Moro no Uece Vânia tem 45 anos e passou a viver na rua em abril deste ano. Por sugestão da cunhada, na mesma situação, acampou na calçada da Uece (Universidade Estadual do Ceará) que, sem aulas presenciais, viu aquele cenário comum de um campus mudar com o agravamento da pandemia e a da pobreza. Essas são as histórias de quem fez morada na calçada da Universidade em Fortaleza. Vida de sacristão As pessoas em Olinda dizem que ir à Catedral da Sé e não conhecer seu Gilvan é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. O senhor de 85 anos está sempre por lá, no importante templo localizado no Sítio Histórico de Olinda, balançando um molho pesado de chaves. Com mais de 50 anos de trabalho como sacristão, ele abriu para o TAB as portas da igreja que se confunde com sua casa. 
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