A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve o afastamento do cargo do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por 180 dias. Em sessão realizada ontem, 14 ministros votaram a favor da decisão do relator, Benedito Gonçalves, que afastou Witzel na sexta-feira passada (28) devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus. O voto do relator do processo foi referendado por 13 ministros — eram necessários no mínimo dez votos da Corte, composta por 15 ministros. No julgamento, os ministros apontaram a gravidade dos indícios apontados na investigação pela PGR (Procuradoria-Geral da República), como o pagamento de contas em dinheiro vivo. Só o ministro Napoleão Nunes Maia Filho votou contra o afastamento de Witzel. Witzel afirmou em sua conta no Twitter que respeita a decisão do STJ. "Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos", escreveu. O Partido Social Cristão (PSC) se pronunciou em nota, dizendo acatar a decisão do STJ e que apoia o governador em exercício, Cláudio Castro, também filiado ao partido. No mesmo dia em que o STJ afastou Witzel do cargo em decorrência da Operação Tris In Idem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a retomada do andamento do processo de impeachment do governador afastado. A Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) decidiu ontem estender em mais cinco dias o prazo para Witzel apresentar sua defesa no processo. |
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