sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

POLITICANDO: "É legal, mas muito imoral"

E mais: O general com discurso de petista
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BRASÍLIA, 31 DE JANEIRO de 2020
O presidente Jair Bolsonaro durante fórum em Abu Dhabi Foto: Satish Kumar/Reuters
A ética do presidente
POR francisco leali
coordenador na SUCURSAL DE BRASÍLIA
Olá.

O presidente Jair Bolsonaro patrocinou, nesta semana, uma inovação administrativa. Em tempo recorde, demitiu, renomeou e demitiu de novo o mesmo servidor. Ao voltar de viagem à Índia no início da semana, anunciou que ia exonerar o então secretário-executivo da Casa Civil José Vicente Santini por ter usado um jato da FAB para ir com outras duas auxiliares para Davos e Nova Dhéli. Bolsonaro foi claro: o uso do avião foi um ato legal, mas imoral. Estabeleceu assim um novo patamar para todo seu governo: ocupantes de cargos de confiança podem cair por atos que atentem contra a moralidade administrativa.

O novo parâmetro, por enquanto, só se aplica a Santini. Não valem para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, investigado por uso de laranjas na campanha presidencial, ou para o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra, investigado pela Polícia Federal. Embora nenhum dos dois tenha sido formalmente condenado judicialmente, como também não foi Santini, pesam sobre eles atos e acusações que, teoricamente, poderiam colocar em dúvida a confiança do chefe. Mas, por enquanto, vão ficando em seus cargos porque, em seus casos, Bolsonaro não vê imoralidade alguma.

Sobrou para Santini, que desfrutava da amizade dos filhos do presidente, mas não sobreviveu à publicidade do gesto de usar um jato da FAB para uma viagem em que outros ministros foram em voo comercial. O episódio encurtou as férias do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e ainda reduziu os poderes da Pasta. Pode ir além. 
 
Vale a leitura:

Heleno imita o PT

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, costuma ditar os rumos dos pensamentos em voga no Palácio do Planalto. Semana passada, jurou que não partiu de Bolsonaro a ideia de reduzir o poder da Pasta do ministro Sergio Moro. Agora, Heleno, que já foi chamado de "meu guru" pelo presidente Jair Bolsonaro, escreveu texto em que apregoa os feitos da atual gestão. E como se quisesse retomar o bordão "nunca antes na história desse país", cunhado na administração do PT, o general da reserva sustentou que Bolsonaro é o presidente que mais combateu a corrupção no governo nos últimos 520 anos. O gesto rendeu um retuíte da rede social de Bolsonaro. 
 
A protagonista da novela

A atriz Regina Duarte concordou em entrar formalmente no governo Bolsonaro. Agora, terá que resolver problemas pessoais e contratuais antes de assumir o cargo de secretária da Cultura. Também está por se definir o peso que sua Pasta terá no governo. 

 
Zé Carioca 2.0
 
Veio da Embratur o projeto para turbinar a imagem do Brasil lá fora. Querem a atriz Sharon Stone nas praias de Fernando de Noronha, um personagem infantil da Disney e outras coisas mais para vender o país aos turistas estrangeiros. Parecido com a criação do  Zé Carioca para valorizar os brasileiros quando interessava ter o país como aliado no pós-guerra. 

 
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