Bom dia!
A inflação é um dos mais intrigantes fenômenos da economia porque se baseia tanto em dados concretos quanto em percepção. A sensação de que os preços estão subindo, mesmo quando dados mostram o contrário, é suficiente para fazer com que a inflação acelere.
A guerra tarifária de Donald Trump colocou os EUA e o próprio presidente americano em uma encruzilhada. Isso porque a imposição de tarifas de importação tende a elevar os preços dos produtos importados – isso sem falar na desvalorização do dólar, que também eleva o custo dos itens vindos de fora.
Americanos vêm relatando em pesquisas de opinião que estão sentindo o peso do aumento de preços no orçamento, algo que cobra um preço na popularidade de Trump. E, de fato, a inflação segue acima da meta de 2% perseguida pelo Fed. Logo mais às 9h30, os EUA divulgam uma atualização do indicador medido pelo CPI. Na véspera, o índice de preços ao produtor (PPI) indicou deflação em agosto, ainda que em doze meses os preços estejam em 2,6%.
À espera dos dados, os futuros americanos começam o dia em viés de alta. O fato é que há poucas chances de o CPI mudar a aposta para um primeiro corte de juros nos EUA na reunião da próxima semana. Mas inflação elevada e o risco de que ela volte a subir limita a janela de cortes do Fed.
Na Europa, o destaque é a reunião do Banco Central Europeu, que deve manter os juros no bloco econômico em 2% ao ano. As bolsas por lá avançam.
O EWZ, fundo que representa ações brasileiras em Nova York, sobe de forma mais sólida, a 0,40% no pré-mercado. Por aqui, o destaque é a divulgação das vendas no varejo em julho, após dados apontarem desaceleração da economia. No campo político, o julgamento da trama golpista entra em sua fase final. Bons negócios.
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