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BRASÍLIA, 21 DE FEVEREIRO de 2020
Quando o carnaval passar
POR francisco leali coordenador na SUCURSAL DE BRASÍLIA
Olá.
Na semana que antecede a folia, o decoro parece ter saído de cena. No topo da cadeia do poder, o presidente Jair Bolsonaro e seus áulicos patrocinaram episódios de quem está disposto à conflagração. Os fatos de agora se somam à coleção de disparates de quem, há um ano, estava compartilhando em suas redes um certo vídeo de golden shower.
Também de frente para o gramado do Alvorada, numa solenidade de troca da bandeira, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, expôs o que pensa. Chamou de chantagem a iniciativa do Parlamento de ter maior controle sobre execução das emendas do orçamento que teria retirado autonomia do Executivo para tocar suas prioridades. Heleno chegou a sugerir que Bolsonaro coloque o povo nas ruas contra o Congresso.
Foi lá em Sobral, no seu bunker eleitoral, que o senador cearense Cid Gomes achou por bem pilotar um trator contra os PMs em motim. Foi recebido à pedra e bala por policiais que deveriam proteger a vida dos outros, não tentar tirá-la. Saiu ferido e está hospitalizado. Cid poderá expor a injustificável violência dos PMs para faturar politicamente, embora o episódio também exponha, mais uma vez, a destêmpera da família.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou esta semana a prestar depoimento à Polícia Federal. Desta vez, num novíssimo inquérito instaurado a pedido do ministro da Justiça, Sergio Moro. Ao solicitar apuração de indício de crime, Moro citou que era caso previsto na Lei de Segurança Nacional. Para o ministro, um opositor chamar o presidente da República de miliciano é caso de enquadramento em lei gestada durante na ditatura.
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