Bom dia!
A sexta-feira será marcada pela divulgação do único indicador oficial dos Estados Unidos a ser informado em meio ao shutdown. Logo mais às 9h30 será publicada a inflação oficial dos EUA de setembro, medida pelo CPI.
Trata-se de um dado crucial, e que chega poucos dias antes da próxima reunião do Fed. O BC americano se reúne na próxima semana – e deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano.
Ainda que tenha o CPI para endossar sua decisão, o fato é que o Fed se reúne sem dados do mercado de trabalho, que vinham mostrando uma desaceleração. Era no mercado de trabalho que estava a razão para aliviar os juros americanos. A inflação, por outro lado, tem mostrado um repique, em reflexo das tarifas de importação sobre os produtos importados. Trump tem brigado, por exemplo, com produtos americanos por causa do aumento nos preços da carne, um produto que está mais caro ante a queda de produção nacional e da alíquota para comprar de países como o Brasil.
A escassez de dados nos Estados Unidos deve persistir, à medida que o presidente Trump se concentra em intervir em conflitos externos e decide não negociar com o Congresso os termos do Orçamento do ano vigente, o que causa o shutdown. Até aqui, é o segundo mais longo da história.
Ainda assim, os futuros das bolsas americanas avançam nesta sexta-feira. Na Europa, as bolsas operam perto da estabilidade, tendência seguida pelo EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York.
Por aqui, o destaque da sexta também é a inflação. O IBGE publica o IPCA-15, também sob a expectativa de qual a sinalização que os preços devem dar ao BC, isso após a Selic ter subido a draconianos 15% ao ano. Bons negócios.
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