Olá, investidor. Após as perdas da semana passada, as bolsas europeias e os índices em Wall Street ensaiavam uma recuperação na manhã desta segunda-feira (6) diante de sinalização menos pessimista sobre a variante ômicron. Ganha força a hipótese de que a cepa não tende a provocar casos graves da doença. Na Ásia, no entanto, a semana começa com o pé esquerdo. A incorporadora chinesa Evergrande informou que pode não ter dinheiro suficiente para pagar uma nova rodada de dívidas, reacendendo as preocupações sobre a solvência do tão relevante setor imobiliário da China. Entre certo alívio com ômicron e o risco de calote da Evergrande de volta à tona, investidores lidam com os sinais de uma política monetária mais restritiva por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) - leia-se redução de estímulos e alta de juros -, o que pode diminuir o apetite por ativos tidos como mais arriscados, como ações, com repercussões em mercados emergentes, como o Brasil. Nesse contexto, os dados de inflação estarão no centro das atenções nos próximos dias. Serão conhecidos números do nível geral de preços ao consumidor nos Estados Unidos, na sexta-feira (10). Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a palavra "transitória" não era mais apropriada para descrever a escalada dos preços. Basicamente, o salto da inflação global seguiu o script do livro-texto: a oferta não atendeu ao excesso de demanda, turbinada pela economia das famílias em tempos de pandemia. De quebra, as restrições de circulação provocaram desarranjo em cadeias globais. Resta saber como ficará o nível de demanda de agora em diante, sem o fôlego dos auxílios estatais. E por aqui, o que esperar? O destaque do calendário econômico nesta semana é a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na quarta-feira (8). Atualmente, a taxa Selic se encontra no patamar de 7,75% ao ano e a projeção é de uma alta mais firme para frear a inflação, chegando a 9,25% ao ano. O banco central brasileiro parece encarar um dilema. Isso porque os indicadores confirmam a desaceleração da atividade, ainda antes de o efeito da subida da Selic concretizar sua missão. Um prognóstico ruim para o PIB de 2022 - em pleno ano eleitoral. Na frente política, a PEC dos Precatórios prossegue no radar dos investidores. A aprovação no Senado aconteceu com modificações. Resta a dúvida se será possível a promulgação ou se terá de ser apreciada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para depois ser votada no plenário da Casa. Assim, a "saga" ainda pode atrasar o Orçamento de 2022. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): novidades das empresas Taesa e Banco Inter. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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