Olá, investidor. As bolsas internacionais operam em tom positivo neste primeiro pregão do último mês do ano. A melhora no humor dos investidores nesta quarta-feira (1) veio após informações de que vacinas como a da Pfizer devem perder pouca eficácia no combate à variante ômicron. Porém, assim como as declarações mais pessimistas do CEO da farmacêutica Moderna, isso ainda precisa ser comprovado após uma série de estudos e análises clínicas. Na terça-feira (30), o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, também trouxe "más" notícias ao mercado. Durante sua fala no Congresso americano, o comandante do BC dos Estados Unidos adotou postura bastante firme em relação às pressões inflacionárias, inclusive dizendo que talvez não faça sentido utilizar a denominação "transitória" para classificá-la. Além disso foi bastante enfático ao registrar que a redução do programa de compra de ativos por parte do Fed deve ser acelerada, possivelmente já na reunião de dezembro. O tom adotado por Powell fez com que o mercado entendesse que é mais provável que os juros aumentem em 2022, o que acabou impactando as bolsas nos EUA e nos mercados emergentes. É sempre importante lembrar que, hoje, os juros americanos são a base zero de precificação de qualquer ativo financeiro negociado ao redor do globo. Assim, aumentos "não esperados" nos juros daquele país reprecificam ativos em todo o mundo, afinal, passa a ficar mais atrativo investir no chamado "porto seguro" dos Treasuries, tesouros americanos. Por outro lado, esse tom mais "belicoso" do Fed sobre a inflação pode levar a uma apreciação do dólar frente a outras moedas globais. Isso normalmente leva a uma pressão nos preços de commodities. Esses dois pontos podem ajudar a desacelerar o nível geral de preços na economia americana, contribuindo para o Fed trazer uma inflação que roda na casa dos 4,2% para os 2%. E por aqui? No Brasil acompanhamos na véspera a divulgação de dados de geração de empregos do Caged. Os números vieram bons, porém ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. Foram criadas pouco mais de 253 mil vagas. Embora seja um número positivo, mostra a tendência de desaceleração da economia brasileira, que tinha criado 313 mil postos de trabalho em setembro. Além disso, no âmbito político, tivemos ontem a aprovação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A votação no Plenário deve acontecer nesta quarta-feira e tende a ser aprovada após algumas alterações. Isso deve ajudar a melhorar os ânimos dos investidores, que já não aguentam mais a discussão sobre esse tema. No 'Investigando o Mercado' de hoje (exclusivo para assinantes do UOL): novidades sobre a Arezzo e o IPO do Nubank. Abraços, Felipe Bevilacqua Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.
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