Olá, queridos leitores! A newsletter desta semana chega cheia de histórias e perfis quentes. Acompanhamos o mutirão que deu a 90 pessoas não-binárias e transexuais no Rio de Janeiro a chance de mudarem o nome ou gênero na certidão de nascimento. Trazemos também dois personagens importantes da história política recente: Janaina Paschoal e sua nova meta para 2022 e Eduardo Cunha que, com sua caneta Montblanc, curtiu uma noite de celebridade após a prisão. A vida real é dura e crua e o TAB traz com exclusividade uma reportagem que atordoa a todos nós: a fome é uma realidade — e agora bate à porta do sistema de saúde. Contamos a história de Felipe, que desmaiou numa UBS por ter ficado 24 horas sem comer. Infelizmente, até a prefeitura de São Paulo reconhece que este não é um caso isolado. Embarque aí com a gente! Doente de fome As cadeiras da recepção da UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Três Corações, na zona sul de São Paulo, ficam distantes umas das outras. Mesmo assim, as pessoas perceberam que Felipe Santos de Oliveira, 23, passava mal. Era fome. Felipe não foi o único. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, disse que os casos de pessoas que procuram unidades de saúde por causa da fome começaram a aparecer há três meses. O primeiro deles foi em Parelheiros, também na zona sul. E a situação se repete em quase toda a periferia de São Paulo. Nascer de novo Às 9h00, uma fila enorme já se formava na zona norte do Rio. Foi a chance para que 90 pessoas finalmente conseguissem fazer a mudança de nome. Muitos deles são pessoas não-binárias que buscavam ter a identidade de gênero registrada e reconhecida na certidão de nascimento — um direito que apenas cinco pessoas conseguiram obter no Brasil, até hoje. Acompanhamos o dia em que eles puderam nascer de novo. Álbum de casamentos Já em São Paulo, outro mutirão agitou o CTN (Centro de Tradições Nordestinas) no bairro do Limão, zona norte da capital de São Paulo. Desta vez, havia dezenas de mulheres vestidas de branco: o local recebeu 30 casais para a décima edição do casamento comunitário, que teve direito a pressão baixa e festa com baião de dois. O motorista do Uber que levou a repórter Marie Declerq ao evento provocou: "Me casei nesse negócio há mais de dez anos atrás, no estádio de Osasco. Bem que poderia ter um divórcio comunitário também." Condenando Bolsonaro André Naveiro, professor de jornalismo da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), morreu de covid-19 em junho, aos 50 anos. Como forma de processar a perda, a comunidade decidiu ouvir testemunhas, reunir provas e sentenciar um culpado. O Tribunal do Genocídio, como foi chamada a simulação jurídica, não tem nenhuma validade, mas aconteceu de forma solene — e assim cobrimos o veredito nesse pequeno universo paralelo. Spoiler: o presidente Jair Bolsonaro foi "condenado" a 78 anos de prisão. Noite de autógrafos De posse de uma caneta Montblanc, num modelo que custa em média R$ 3.000, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha autografava "Tchau, querida - Diário de um impeachment" na noite de sexta-feira (26), numa livraria do Shopping Leblon, na zona sul do Rio. A gente esteve lá para acompanhar a noite estelar do ex-deputado, após passar cinco anos preso (até o TRF-4 revogar sua prisão domiciliar, em abril de 2021). Franco-atiradora Quer você queira ou não, Janaina Paschoal é uma figura essencial para entender a política brasileira recente. No entanto, ela diz detestar as articulações e os "cafezinhos" típicos do meio. "Nunca fui de festinha depois do expediente", afirma. Cinco anos se passaram, mas ela mantém a posição anti-política, a munição antipetista e as opiniões a rodo — mas agora com uma nova mira: a cadeira no Senado por São Paulo. Black Friday pra quem? Todo ano a expectativa pela Black Friday é grande (assim como a decepção pelos preços). No ano em que o grande destaque foi o desconto de quase R$ 10 em carne, produto cujo consumo despencou durante a pandemia por causa do valor exorbitante, demos um giro em lojas e supermercados de São Paulo a Maceió. Como bem resume uma consumidora num dos lugares visitados da reportagem: "Caro não tá, a gente que tá quebrado..." |
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