Mais uma vez, a semana começa com notícias sobre as pesquisas de vacinas contra o novo coronavírus. A parceria fechada pelo governo do Paraná para testagem e eventual produção no Brasil da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, não prosperou, mostra reportagem de Vinícius Konchinski. Outros países já avançaram —a própria Rússia anunciou o início da vacinação, usando a Sputnik V. E a Argentina, que também fechou um acordo com os russos, anunciou que disponibilizará a vacina a seus cidadãos em dezembro ou janeiro. Vale lembrar que, no fim de novembro, a Rússia anunciou resultados na última fase de testes da Sputnik V, a fase 3. Segundo autoridades do país, a vacina tem eficácia de mais de 95%. Os dados, porém, ainda não foram revisados e publicados por uma revista científica. Projeto alteradoO planejamento inicial da parceria com o governo paranaense tinha um cronograma: anunciada em agosto, a cooperação previa a submissão de dados sobre a Sputnik V à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro e a realização de testes da vacina em outubro. Até agora, não saiu do papel. O acordo com os russos foi formalizado por meio do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) e o Fundo de Investimento Direto da Rússia. Procurado pelo UOL, o Tecpar não detalhou o que impediu o avanço da parceria acerca da vacina —informou somente que o fundo de investimento russo alterou o projeto negociado com o Brasil e que aguarda definição da Rússia. A reportagem também entrou em contato com o Fundo de Investimento Direto da Rússia. O responsável pela divulgação das informações recebeu as mensagens, mas não respondeu. Quatro vacinas em testes no BrasilAqui no Brasil, a Anvisa confirmou ter mantido contato com membros do governo do Paraná e o do Tecpar sobre o processo de registro da vacina. No entanto, disse que as reuniões realizadas "são de caráter preliminar" e serviram somente para antecipar eventuais demandas futuras. Atualmente, a Anvisa acompanha os testes de quatro vacinas em realização no Brasil: - a desenvolvida pela Astrazeneca e Universidade de Oxford, do Reino Unido;
- a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan;
- da Pfizer-Wyeth, dos EUA e Europa;
- e a da Janssen-Cilag, também da Europa.
Em São Paulo, o governo estadual promete divulgar hoje um plano estadual de vacinação. Acompanhe esta cobertura e outras notícias no UOL.

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